GamaLife atinge lucro em 2021 e mantém vontade de fazer aquisições

  • ECO Seguros
  • 10 Março 2022

Ao segundo ano completo após a adquirir a GNB Vida, a seguradora já está com resultados positivos, mantém a vontade de crescer depressa e tem apoio dos acionistas para avançar com aquisições.

Matteo Castelvetri, CEO da GamaLife: “A atual situação da Ucrânia apresenta-se como um desafio ainda maior, cujas consequências para as economias europeias e mercados financeiros estão ainda por apurar”.

A GamaLife registou um resultado positivo em 2021 de 42,5 milhões de euros, um valor que compara com o prejuízo de 45,8 milhões de euros registado no ano anterior. Este lucro – segundo a GamaLife – foi influenciado por alguns fatores considerados irrepetíveis como os efeitos do run-off da carteira de produtos com elevadas taxas garantidas, a alteração do mix de novos produtos, os ganhos de investimento resultantes de uma gestão proativa dos ativos livres, bem como o movimento registado nas provisões para compromissos de taxa (Liability Adequacy Test).

Acentuando que alguns fatores positivos não se irão repetir, a seguradora anuncia que o resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações normalizado, designado de EBITDA ajustado, foi positivo de 19,7 milhões de euros, uma evolução face ao prejuízo de 4,6 milhões de euros alcançado em 2020.

A GamaLife adquiriu a GNB Vida em outubro de 2019, e, no segundo de atividade completa, a produção atingiu de 602,6 milhões de euros, um crescimento de 108% face ao ano anterior justificado pelo aumento significativo do negócio unit linked. A companhia fechou o exercício com uma produção de 529 milhões de euros nos Contratos de Investimento, o que representa um crescimento de 373% face ao ano anterior, o maior verificado entre todas as seguradoras neste segmento.

Os resultados de vendas de 2021 permitiram à GamaLife reforçar a sua quota de mercado de 6,3% em 2020 para 7,8% em 2021. A companhia revelou uma evolução ainda superior nos seguros ligados a Fundos de Investimento (unit linked), aumentando a sua quota de mercado para 11,3% de 5,7% em 2020.

Por outro lado a companhia registou uma subida dos gastos operacionais, nomeadamente nos encargos com fornecedores e serviços externos, um aumento explicado, entre outros fatores, pela conclusão da separação operacional do Novobanco, que fez subir os custos em TI, pelo investimento em projetos de expansão e desenvolvimento de também por novas contratações chave.

“Durante 2021, investimos fortemente no nosso negócio e autonomia, estando próximos da conclusão da nossa separação operacional, fizemos uma atualização completa dos nossos sistemas core e inaugurámos a nossa nova sede em Lisboa”, afirma Matteo Castelvetri, CEO da GamaLife.

“Alcançámos muito num curto período de tempo, apesar das dificuldades criadas pela pandemia de Covid-19”, sublinha Matteo Castelvetri, que traça o rumo para 2022 e anos seguintes: “Se a recuperação económica pós-Covid era já um determinante a ter em conta no que toca ao nosso desempenho no futuro, a atual situação da Ucrânia apresenta-se como um desafio ainda maior, cujas consequências para as economias europeias e mercados financeiros estão ainda por apurar“.

Castelvetri refere que “a GamaLife continuará a gerir a carteira de ativos de forma prudente e equilibrada. Embora a capacidade de nos adaptarmos a ambientes difíceis seja elevada” concluindo que, para acelerar o crescimento, “continuamos a olhar para as oportunidades de aquisição com o apoio dos nossos acionistas”.

Já em 2022, a Companhia anunciou um acordo para a aquisição de uma unidade de negócios da Zurich Investments Life em Itália, envolvendo uma carteira de produtos do ramo Vida e pensões representadas por ativos de 8,4 mil milhões de euros.

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