Proveitos no turismo triplicaram em janeiro, mas ainda não recuperaram do choque da pandemia

A atividade turística continua a recuperar. Em janeiro, os proveitos dos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram 106,4 milhões de euros, triplicando face ao mesmo mês do ano anterior. No entanto, quando se compara com janeiro de 2020, ainda antes da pandemia, os proveitos são inferiores em 39%, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística publicados esta segunda-feira.

Quase um terço dos proveitos foi concentrado na Área Metropolitana de Lisboa (30,6% dos proveitos totais e 32,6% dos relativos a aposento em janeiro), seguindo-se a Região Autónoma da Madeira (18,2% e 16,9%, pela mesma ordem) e o Norte (17,4% e 17,6%, respetivamente), revela o INE.

Olhando para os segmentos de alojamento, em todos se verificou uma evolução positiva das receitas. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento aumentaram 238,0% e 235,4%, nos estabelecimentos de alojamento local as subidas foram de 175,7% e 166,9%, respetivamente. O turismo no espaço rural e de habitação registou aumentos de 146,8% e 162,3%.

Já o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 15,6 euros em janeiro (21,5 euros em dezembro), enquanto o rendimento médio por quarto ocupado foi de 65,4 euros em janeiro (73,8 euros em dezembro). “Em janeiro de 2020, o RevPAR foi 24,9 euros e o ADR 67,2 euros”. Os valores mais elevados foram registados em Lisboa e na Madeira.

No quadro geral, o setor do alojamento turístico “registou 853,2 mil hóspedes e dois milhões de dormidas em janeiro de 2022, correspondendo a aumentos de 183,7% e 185,9%, respetivamente, superiores aos registados em dezembro passado”. Ainda assim, estes níveis continuam a ser inferiores aos observados em janeiro de 2020, quando ainda não havia efeitos da pandemia.

(Notícia atualizada às 11h35)