Cancelamento de rotas da Ryanair não é preocupante, diz presidente do Turismo de Portugal

Ryanair cancelou 19 rotas em Lisboa para o verão. Luís Araújo diz que são rotas usadas sobretudo para levar portugueses ao estrangeiro e que isso não vai afetar o turismo nacional.

A Ryanair anunciou na semana passada o cancelamento de 19 rotas no aeroporto de Lisboa, mas o presidente do Turismo de Portugal diz que essa decisão não é preocupante para o turismo nacional. Luís Araújo diz que a companhia irlandesa continua a ter mais presença do que tinha em 2019 e que a maioria das rotas serve, sobretudo, para levar portugueses para o estrangeiro.

Madrid, Malta, Birmingham, Palermo, Tenerife e Cracóvia são algumas das 19 rotas canceladas pela Ryanair em Lisboa no verão. E tudo porque, afirma a empresa, o Governo não libertou os slots “inutilizados” da TAP naquele aeroporto.

A decisão ainda não mereceu qualquer reação por parte do Governo, nem da TAP, mas o presidente do Turismo de Portugal diz que as consequências para o turismo serão poucas. “Ainda assim, a Ryanair tem mais 26% [de presença] do que tinha em 2019”, diz Luís Araújo, em declarações ao ECO. Além disso, “a maior parte dos mercados cancelados servem muito mais para levar portugueses para lá do que para trazer estrangeiros para cá”.

Embora afirme que “é sempre preocupante quando as companhias aéreas mudam de estratégia”, o responsável nota que, com base no peso da Ryanair e no facto de serem rotas outbound, o turismo “continua com boas perspetivas para o futuro”.

Na passada quarta-feira, quando anunciou o cancelamento destas rotas, a Ryanair culpou o Governo. “Estes cancelamentos — que poderiam ser evitados — acontecem após inúmeras tentativas, por parte da Ryanair, em solicitar ao Governo português que interviesse na libertação dos slots inutilizados pela TAP no verão 2022″, referiu a companhia irlandesa, em comunicado.

Michael O’Leary apontou como consequências a “perda de 150 postos de trabalho de aviação bem pagos”, “mais de 900.000 passageiros” e “mais de 250 milhões de euros em receitas turísticas” para Lisboa. “Os nossos últimos esforços para pedir ajuda ao primeiro-ministro resultaram num total de zero respostas”, disse o presidente-executivo da companhia.

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