UE vai reforçar stock de comprimidos de iodo e equipamento de proteção nuclear
A Comissão Europeia acelerou planos para melhorar a resposta sanitária, caso a invasão da Ucrânia pela Rússia venha a provocar um incidente nuclear.
Bruxelas está a encorajar os Estados-membros da UE a criarem stocks de comprimidos de iodeto de potássio e fatos protetores, para fazer face a um eventual ataque nuclear, noticia o Financial Times, citando fontes oficiais da Comissão Europeia.
“A Comissão Europeia está a trabalhar para assegurar que reforça a sua preparação na área das ameaças química, biológica, radiológica e nuclear, antes ainda da guerra na Ucrânia”, afirmou um porta-voz ao jornal britânico.
No início do mês, os comprimidos de iodeto de potássio esgotaram nas farmácias de países como a Bélgica, Chéquia ou Bulgária. A forte procura surgiu depois de Vladimir Putin ter ordenado que as armas nucleares do país fossem colocadas em estado de “prontidão máxima” e com os combates próximo de centrais de energia nuclear na Ucrânia a fazerem temer a fuga de material radioativo.
Depois de a UE ter sido apanhada desprevenida pela covid-19, com a escassez de material de proteção individual, em setembro foi criada a Autoridade de Preparação e Resposta a Emergências Sanitárias (HERA).
Do Parlamento Europeu saíram já apelos para que a HERA desenhe rapidamente uma resposta para a situação de guerra na Europa. “Precisamos de tirar fortes lições da covid. São necessárias medidas específicas para instalações nucleares. Nós não estamos prontos. Não temos stoks”, afirmou Véronique Trillet-Lenoir, deputada do partido En Marche, de Emmanuel Macron.
Mais intenso no centro da Europa, a procura por iodeto de potássio também chegou a Portugal, como foi noticiado pelo ECO.
Com o estatuto de medicamento essencial pela Organização Mundial da Saúde, estudos sugerem que o iodeto de potássio previne a acumulação de iodo-131 na tiroide, um isótopo radioativo que pode ser libertado, por exemplo, após a detonação de uma bomba nuclear. Só deve ser usado em caso de recomendação pelas autoridades de saúde.
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