Braga retoma feira Agro no pós-pandemia com 25 mil visitantes

Após uma paragem de dois anos por causa da pandemia, a Agro regressa a Braga para mostrar que o setor está em clara recuperação, mesmo debaixo das reivindicações de agricultores à porta do evento.

Com o abrandamento das medidas do Governo por causa da pandemia, são esperados mais de 25 mil visitantes até domingo, na 54ª edição da Agro – Feira Internacional de Agricultura, Pecuária e Alimentação, no Altice Fórum Braga. A pandemia pode ter “abalado” o setor, mas os 200 expositores querem mostrar que está em franca recuperação, com a exposição de gado, alimentação, rações, além de diversa maquinaria e tecnologia.

Esta feira, que tem uma forte tradição na região, “é uma das principais do setor, a nível nacional” e demonstrativa da vitalidade, inovação e contributo que dá para o país, nota o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio. Mais, acrescenta: “A Agro sempre foi um elo de ligação com a malha agrícola e pecuária que desempenha um papel preponderante no concelho e na região”.

O certame reúne, assim, os principais agentes do setor, desde agricultores, criadores de gado – raças autóctones e outras do setor agropecuário -, produtores, importadores, armazenistas e revendedores das atividades agroalimentar e pecuária, além de especialistas nacionais e estrangeiros dos vários setores. Conta ainda com a participação de várias associações assim como das câmaras municipais de Braga, Póvoa de Varzim e Esposende.

Para Ricardo Rio, o certame “é uma demonstração de que é importante apostar na produção nacional e na valorização do setor como elemento estratégico para a nossa auto-sustentação”. Ainda mais agora, realça o autarca social-democrata, com os constrangimentos resultantes da guerra na Ucrânia e após uma paragem forçada do evento, durante dois anos, por causa da pandemia da Covid-19.

Enquanto dentro de portas decorre a feira, centenas de agricultores manifestaram-se, no primeiro dia do certame, para reivindicar ao Governo o escoamento da produção agrícola e florestal a “preços justos”.

Exigem ainda a descida dos preços dos combustíveis e da eletricidade. Vítor Rodrigues, dirigente da Confederação Nacional de Agricultores (CNA), queixou-se que “os preços dos combustíveis, da eletricidade, das rações e dos fertilizantes não param de aumentar, e as despesas dos agricultores familiares para produzirem são incomportáveis”.

O porta-voz da CNA defendeu, por isso, uma mudança de políticas por parte do Governo tendo em conta “os tempos complicados” que se vivem na sequência da pandemia e do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

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