EUA admitem libertar 180 milhões de barris da reserva estratégica. Brent cai 5,5%, para 107 dólares

Preços da matéria-prima estão sob forte pressão esta quinta-feira, reagindo em queda acentuada à notícia de que os EUA estão a estudar a libertação de 180 milhões de barris da reserva estratégica.

Os preços do petróleo estão sob pressão significativa esta quinta-feira. A matéria-prima reage em forte baixa à notícia de que os Estados Unidos estarão a ponderar a libertação de até 180 milhões de barris da sua reserva estratégica, numa tentativa de forçar a descida dos preços do ouro negro e, consequentemente, dos combustíveis.

A confirmar-se, será a maior libertação de reservas de petróleo de sempre do país e surgiria numa altura em que a cotação do crude se tem mantido acima dos 110 dólares o barril. Pelas 13h40, o Brent caía 5,46%, para 107,26 dólares, enquanto o WTI descia 6%, fixando-se em 101,34 dólares.

Evolução do preço do Brent

O Presidente dos Estados Unidos está a ponderar libertar até um milhão de barris de petróleo por dia da reserva estratégica da nação, segundo uma fonte não identificada citada pela Bloomberg. Em causa estará um total de 180 milhões de barris, aponta a agência. Com esta medida, a Casa Branca procura tentar controlar os preços da energia, que dispararam após a invasão russa da Ucrânia e das sanções económicas impostas a Moscovo.

A Administração Biden anunciou em novembro a libertação de 50 milhões de barris da reserva estratégica em coordenação com outros países. E, após o início da guerra ucraniana, os Estados Unidos e 30 outros países concordaram em libertar mais 60 milhões de barris das reservas, metade dos quais proveniente de território norte-americano.

A libertação de petróleo dos EUA poderá ser eficaz para reduzir a volatilidade e diminuir movimentos acentuados de tendência de alta nos preços. Mas com a OPEP+ a continuar disposta a manter a produção de ouro negro, os preços precisam de uma solução de longo prazo, explica Avtar Sandu, responsável de commodities da Phillip Futures, citado pela Reuters.

De acordo com o Departamento de Energia dos EUA, a reserva estratégica norte-americana detinha no final da passada semana mais de 568 milhões de barris de petróleo.

O Presidente Joe Biden falará ainda esta quinta-feira sobre as ações do Governo destinadas a reduzir os preços dos combustíveis, que atingiram recordes após a invasão da Ucrânia pela Rússia. Os países membros da Agência Internacional de Energia (AIE) devem reunir-se esta sexta-feira para decidir sobre uma libertação coletiva de petróleo, de acordo com um porta-voz do ministro da Energia da Nova Zelândia, citado pela Reuters.

(Notícia atualizada às 9h25 com mais informação)

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