“Há muitas necessidades de saúde que não estão a ser satisfeitas”, diz Campos Fernandes

  • ECO
  • 4 Abril 2022

O antigo ministro da Saúde defende que é urgente criar incentivos para captar e reter os profissionais saúde, elencando que "há muitas necessidades de saúde que não estão a ser satisfeitas".

Adalberto Campos Fernandes avisa que a pandemia agravou as dificuldades existentes no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e considera que há “um desalinhamento entre a procura e a resposta”, que é visível, por exemplo, no “pico” das urgências dos hospitais públicos. Em entrevista à Rádio Renascença (acesso livre), o antigo ministro da Saúde defende que é urgente criar incentivos para captar e reter os profissionais saúde.

Há muitas necessidades de saúde que não estão a ser satisfeitas”, sinaliza Campos Fernandes, acrescentando que “a prioridade” do Governo devem ser “as pessoas que sofrem, que estão doentes e que têm dificuldades”. “Existe hoje claramente um problema de desalinhamento entre as respostas e a procura que está, aliás, a ser refletido nos picos das urgências hospitalares e, portanto, é reformar, é introduzir as medidas, é cumprir o Programa do Governo”, acrescenta.

Nesse sentido, Campos Fernandes considera que “não dá para esperar mais tempo” e que o Governo tem de investir em “incentivos de adesão ao Serviço Nacional de Saúde” com “a máxima rapidez”, por forma a atrair profissionais para os hospitais. Por outro lado, o antigo ministro da Saúde aponta ainda que ” o país está muito envelhecido, com muita carga de doença” e que “as necessidades das pessoas mudaram”, pelo que defende que “é preciso aceitar que temporariamente ou de uma forma mais estruturada que, se o SNS não puder no formato tradicional responder, é preciso estabelecer uma rede de respostas que assegure o direito à prestação do serviço às pessoas todas“, conclui.

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