Portugueses captam investimento de 9 milhões para startup tecnológica
A Amplemarket, uma startup tecnológica portuguesa, teve uma injeção financeira de mais de 9 milhões de euros para expandir o negócio e recrutar o dobro dos atuais colaboradores até ao final deste ano.
Três amigos portugueses criaram, em 2019, a startup tecnológica Amplemarket, que desenvolve uma plataforma all-in-one baseada em inteligência artificial (IA) para otimizar o serviço das equipas de vendas e maximizar os seus resultados. A funcionar em modo remoto entre São Francisco, nos Estados Unidos da América (EUA), e outros países europeus, a empresa teve uma aceitação no mercado de tal forma frutífera que, este ano, aumentou o capital inicial para quase 11 milhões de euros com a captação de 9 milhões de novos investidores.
A liderar esta ronda de financiamento mais recente estão dois investidores – a Comcast Ventures e a Armilar Venture Partners. Também participam nesta ronda, revela ao ECO João Batalha, CEO da startup portuguesa, “a Flexport e Caixa Capital, além de um grupo de investidores estratégicos, como Adil Syed (CFO, Rippling), Ben Braverman (Flexport), Paulo Marques (Fundador & CTO, Feedzai), Jude Gomila (CEO, Golden), Jason Rosengarden (VP de Vendas, G2) e Kyle Parrish (VP de Vendas, Figma)”.
Este bolo financeiro vai permitir à startup expandir para novos mercados e recrutar mais 35 colaboradores em todo o mundo, o dobro que já têm no ativo, nas áreas de engenharia informática, de apoio ao cliente, marketing e vendas. “Queremos ter um total de 70 pessoas na empresa até ao final deste ano, distribuídas por vários países”, avançou ao ECO João Batalha, cofundador desta startup tecnológica juntamente com o irmão Luís Batalha, chief product officer, e o amigo Micael Oliveira, chief revenue officer. Agora, a Amplemarket tem 35 colaboradores a trabalhar remotamente e distribuídos pelos Estados Unidos da América (EUA), Portugal, Espanha, Dinamarca, Alemanha e Hungria.
"Queremos ter um total de 70 pessoas na empresa até ao final deste ano, distribuídas por vários países.”
“Queremos ganhar uma fatia do mercado nesta área e concretizar o nosso objetivo de mudar a maneira como as pessoas fazem as vendas de empresa para empresa”, explica João Batalha a partir de São Francisco, onde se encontra a trabalhar nesta startup. Acredita mesmo que “a empresa está a construir o futuro das vendas e do marketing”. Na prática, descreve, “desenvolvemos software que tem uma componente de inteligência artificial que ajuda a otimizar o processo de vendas num contexto B2b de outras empresas”. E o que tem, afinal, de tão diferente este produto? “Contempla ferramentas de automação para gerir e otimizar o envolvimento, produtividade e capacitação, inteligência de vendas e análise e gestão de pessoas”.
A Amplemarket serve, por isso, frisa, “de motor de crescimento para muitas das principais empresas de SaaS, a nível mundial, nomeadamente algumas das organizações de vendas B2B com melhor desempenho, como a Rippling, Deel, Vanta e G2“. O empresário português cita, por exemplo, “o grande impacto da plataforma na Deel, uma startup de processamento de salários que, após a implementação da solução da Amplemarket em toda a sua organização de vendas, já angariou mais de 600 milhões de dólares em investimento e conseguiu aumentar em 20 vezes as receitas no prazo de um ano“.
"Queremos ganhar uma fatia do mercado nesta área e concretizar o nosso objetivo de mudar a maneira como as pessoas fazem as vendas de empresa para empresa.”
O empresário acredita que a startup tem dois grandes trunfos na manga: “A utilização de inteligência artificial para otimizar o processo de vendas e o facto de desenvolver uma solução a que nos EUA se chama uma all-in-one, ou seja, trazer várias peças do puzzle do processo de vendas e juntar todas numa só ferramenta”. A mais-valia, adianta, é que, “contrariamente ao que as empresas fazem, hoje em dia, em que têm cinco ou seis ferramentas para gerir o seu processo de vendas, o software da Amplemarket faz exatamente o mesmo, mas com uma só”. Esta solução vai, assim, permitir às equipas de vendas ter um melhor desempenho e aumentar o volume e a qualidade dos contactos com os quais interagem.
“Os nossos utilizadores são os vendedores das empresas que usam o nosso software”, resume o empresário português, que se formou na área de informática nos EUA, explicando que “a inteligência artificial permite sugerir empresas que podem ser um bom parceiro para os nossos clientes”. Dois terços deles são dos EUA e os restantes predominantemente de países europeus. Interpelado pelo ECO a propósito da faturação da empresa, João Batalha não quis revelar números.
Adiantou, contudo, que espera um futuro risonho para a Amplemarket. “Vamos continuar a desenvolver o produto e adicionar novas funcionalidades, como suportar outros tipos de processos de vendas para ajudar as empresas a expandir ainda mais”. E, por consequência, a startup ter um desenvolvimento exponencial ao ponto de se posicionar ainda mais no mercado.
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