Montenegro espera campanha com ‘fair play’ democrático

  • Lusa
  • 8 Abril 2022

“Vamos encarar os dois, se isso acontecer, este ato eleitoral e a campanha com fair play democrático, com elevação, com o respeito recíproco", disse Luís Montenegro.

O candidato à liderança do PSD Luís Montenegro disse esta sexta-feira esperar uma campanha interna com fair play democrático, numa homenagem ao histórico assessor do partido Zeca Mendonça, de quem confessou ir sentir falta.

Numa evocação a José Luís Mendonça, conhecido como ‘Zeca’ e que foi assessor de todos os líderes do PSD até Pedro Passos Coelho, que decorreu no NewsMuseum em Sintra, o antigo líder parlamentar foi questionado se sentiria a sua falta na campanha que se avizinha. “Creio que sim, era uma ajuda muito importante para qualquer líder e também para os que virão de agora em diante”, afirmou Montenegro, que o recordou como “uma extraordinária pessoa e um extraordinário profissional”.

Questionado se Zeca Mendonça alguma vez o incentivou a concorrer à liderança do PSD – o que fará pela segunda vez nas diretas de 28 de maio -, Luís Montenegro respondeu de forma diplomática. “Não falámos muitas vezes sobre esse tema, posso confirmar que ele anteviu essa possibilidade e, de alguma maneira, me deu alento para se, se algum dia ela se abrisse, a abraçar. Não deixo de pensar nele nestes dias”, afirmou.

Já sobre o pré-anunciado adversário interno na disputa da presidência do PSD, o antigo vice-presidente Jorge Moreira da Silva (que também era presença confirmada na homenagem, mas não esteve), Montenegro deixou um desejo. “Vamos encarar os dois, se isso acontecer, este ato eleitoral e a campanha com fair play democrático, com elevação, com o respeito recíproco que o Zeca Mendonça emprestou na sua vida profissional e no seu desempenho em funções no PSD e na Presidência da República. Se há momento em que podemos evocar a memória do Zeca Mendonça é uma campanha eleitoral”, afirmou.

Luís Montenegro escusou-se a comentar as declarações de Rui Rio desta sexta sobre o Conselho de Estado – o atual presidente não revelou ainda os nomes que o PSD indicará para este órgão, que disse ter “uma importância muito reduzida” – nem a opção de o partido se abster na votação da moção de rejeição do Chega ao Programa do Governo. “Na quarta-feira, antes do debate, disse que não haveria nenhuma preocupação por parte do trabalho do líder do PSD, mantenho aquilo que disse”, reforçou.

Durante a cerimónia de homenagem, Luís Montenegro esteve sentado na segunda fila ao lado do recém-eleito líder parlamentar do PSD e dirigente próximo de Rui Rio, Paulo Mota Pinto. “Como é óbvio, falámos apenas do Zeca”, respondeu, quando questionado sobre a temática da conversa que mantiveram antes de começar a evocação.

O antigo líder da bancada social-democrata Luís Montenegro apresentou publicamente a sua candidatura ao cargo presidente do PSD na quarta-feira – que irá disputar pela segunda vez, depois de em janeiro de 2020 ter perdido para Rui Rio, numa inédita segunda volta no PSD.

O antigo vice-presidente do PSD Jorge Moreira da Silva remeteu para 14 de abril o anúncio da sua decisão sobre uma candidatura, depois de concluir um trabalho anual na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económicos (OCDE).

As eleições diretas no PSD estão marcadas para 28 de maio e o Congresso para o primeiro fim de semana de julho, de 1 a 3, no Porto. O atual presidente, Rui Rio, já anunciou que deixará nessa ocasião a liderança do partido, na sequência da derrota nas legislativas de 30 de janeiro, em que o PS conseguiu maioria absoluta.

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