Petróleo acelera para 103 dólares após alívio de restrições da Covid em Xangai

Situação pandémica em algumas unidades residenciais de Xangai é agora de "baixo risco". Notícia aliviou a perspetiva de quebra da procura na China, puxando pelos preços do petróleo.

Um dia depois de ter chegado a transacionar abaixo dos 99 dólares em Londres, o preço do petróleo que serve de referência para as importações portuguesas volta a ultrapassar a fasquia dos 100 dólares. Por volta das 14h30 em Lisboa, o Brent disparava 5%, para 103 dólares o barril. Em Nova Iorque, os futuros do WTI subiam 4,8%, para 99 dólares.

Esta subida das cotações do petróleo é justificada pelos últimos desenvolvimentos da pandemia na China, depois de o levantamento de algumas restrições ligadas à Covid-19 em Xangai terem aliviado a perspetiva de uma quebra na procura. Na segunda-feira, a região atribuiu o grau de “baixo risco” de infeção a mais de 7.000 unidades residenciais, onde não foi detetado qualquer novo caso nos últimos 14 dias, segundo a Reuters.

Petróleo volta a subir

Em simultâneo, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) avisou na segunda-feira que é impossível aumentar a oferta de matéria-prima de forma a compensar totalmente a oferta russa, numa altura em que a União Europeia avalia a hipótese de avançar com o embargo ao petróleo vendido pela Rússia no próximo pacote de sanções a Moscovo.

Nos cálculos da OPEP, sanções ou medidas voluntárias contra o petróleo russo podem tirar cerca de sete milhões de barris de petróleo diários do mercado. “O mercado petrolífero ainda está vulnerável a um choque enorme se a energia russa for sancionada, e esse risco continua em cima da mesa”, disse à Reuters Edward Moya, analista sénior de mercados da Oanda.

Os preços do petróleo aceleram pouco depois de ter sido anunciado que a taxa de inflação homóloga nos EUA acelerou para 8,5% em março. É a taxa mais alta em 40 anos.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h27)

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