Preço das casas dispara 14% para 1.355 euros/m2 no quarto trimestre de 2021

  • Joana Abrantes Gomes
  • 21 Abril 2022

INE calcula que, no último trimestre de 2021, o preço mediano dos alojamentos familiares em Portugal foi de 1.355 euros por metro quadrado, um aumento de 14,1% face ao período homólogo.

O preço mediano dos alojamentos familiares em Portugal atingiu 1.355 euros por metro quadrado no último trimestre de 2021, um aumento de 14,1% face ao período homólogo e mais 3,1% do que nos três meses anteriores, divulgou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Ou seja, houve uma aceleração em relação ao aumento de 12,2% fixado no terceiro trimestre.

De acordo com as Estatísticas de Preços da Habitação ao Nível Local, o preço mediano da habitação subiu em 23 das 25 sub-regiões NUTS III face ao período homólogo. As exceções foram o Baixo Alentejo e a Beira Baixa, que registaram uma diminuição homóloga dos preços de, respetivamente, 2,5% e 0,7%. O Alto Alentejo apresentou o menor preço mediano de venda de alojamentos familiares (487 euros/m2).

Nas três sub-regiões com os preços mais elevados, nomeadamente o Algarve (2.114 euros/m2), a Área Metropolitana de Lisboa (1.904 euros/m2) e a Região Autónoma da Madeira (1.506 euros/m2), verificaram-se taxas de variação homóloga superiores à do país: 15,8%, 14,6% e 20,3%, respetivamente. Com um preço médio de 1.444 euros/m2, a Área Metropolitana do Porto ficou também acima da média do país, mas o crescimento homólogo, fixado em 12,4%, foi inferior.

Excetuando Gondomar e Santa Maria da Feira, todos os municípios das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto com mais de 100.000 habitantes registaram preços medianos de habitação superiores ao valor nacional. Lisboa (3.723 euros/m2) e Cascais (3.216 euros/m2) destacam-se com os maiores valores. Entre os 17 municípios das áreas metropolitanas com mais de 100.000 habitantes, cinco apresentaram taxas de variação homólogas superiores à nacional (+14,1%): Oeiras (+15,0%), Gondomar (+14,5%), Seixal (+14,4%), Matosinhos (+14,3%) e Cascais (+14,2%).

Dos municípios com mais de 100.000 habitantes fora das áreas metropolitanas, só o Funchal apresentou um preço médio (1.967 euros/m2) e crescimento homólogo (+22,5%) superiores aos valores nacionais. Coimbra (1.418 euros/m2) teve um valor médio das vendas superior ao do país e Leiria registou um crescimento homólogo superior ao do país (+15,4%).

Entre outubro e dezembro de 2021, a taxa de variação homóloga aumentou em sete dos 11 municípios com mais de 100.000 habitantes da Área Metropolitana de Lisboa, registando uma aceleração dos preços superior à verificada a nível nacional (+1,9 p.p.) em Setúbal (+9,8 p.p.), Loures (+3,0 p.p.), Almada (+2,2 p.p.) e Oeiras (+2,1 p.p.) enquanto da Área Metropolitana do Porto apenas os municípios da Maia (+10,5 p.p.) e Vila Nova de Gaia (+8,1 p.p.) tiveram um aumento das taxas de variação homólogas superior ao país.

O INE destaca ainda que cinco dos sete municípios acima dos 100.000 habitantes fora das áreas metropolitanas registaram um aumento da taxa de variação homóloga entre o terceiro e o quarto trimestre de 2021. Este aumento superou a variação registada no país no Funchal (+16,7 p.p.), em Coimbra (+11,7 p.p.), Leiria (+8,8 p.p.) e Barcelos (+6,8 p.p.).

Pelo contrário, houve uma redução da taxa de variação homóloga dos preços da habitação em nove municípios, dos quais quatro pertencem à Área Metropolitana de Lisboa – Vila Franca de Xira (-4,7 p.p.), Odivelas (-3,5 p.p.), Amadora (-3,2 p.p.) e Cascais (-1,2 p.p.) – e três à Área Metropolitana do Porto – Santa Maria da Feira (-4,8 p.p.), Matosinhos (-1,5 p.p.) e Gondomar (-0,3 p.p.).

(Notícia atualizada às 12h36)

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