TAP pretende mudar de instalações até ao final do ano

As más condições dos edifícios onde estão os escritórios da transportadora aérea são o motivo para a saída. Modelo de trabalho híbrido permite que novo espaço tenha menor área.

O tema é antigo, mas parece que é desta que a TAP vai mesmo mudar de instalações. A intenção foi comunicada pela presidente executiva da transportadora à Comissão de Trabalhadores e justificada com o mau estado dos edifícios ocupados atualmente. Ao que o ECO apurou, o desejo da administração é que a mudança ocorra até ao final deste ano.

A TAP mudou-se em 1971 para as atuais instalações perto do aeroporto de Lisboa. Segundo o relato da reunião com a CEO feito pela Comissão de Trabalhadores (CT) e noticiado pela agência Lusa, Christine Ourimères-Widener afirmou que “foi feita uma vistoria aos edifícios e chegou-se à conclusão de que estão muito frágeis e a precisar de obras estruturais que se não forem feitas podem pôr em causa a integridade física de quem lá trabalha”.

Já se anda à procura de um edifício suficientemente grande para albergar mil e duzentas pessoas, que esteja situado num raio de cinco a seis quilómetros do aeroporto”, terá dito também a CEO. Outro argumento aduzido foi que face ao custo de 40 a 50 milhões estimado para as obras nas atuais instalações, seria “mais económico arrendar um edifício”, até porque daqui a alguns anos a transportadora irá mudar-se para o futuro novo aeroporto.

Ao que o ECO apurou, o desejo da da administração é fazer a mudança até ao final do ano ou início do próximo. Os hangares e as áreas ocupadas pela manutenção de aviões vão manter-se no local. O modelo de trabalho híbrido (parte dos dias no escritório e a outra parte em casa) permitirá que o espaço não tenha de ser tão grande como o atual.

Numa mensagem enviada na quinta-feira aos trabalhadores, a comissão executiva da transportadora “confirma que está a ser avaliada a possibilidade de mudança de instalações dos serviços de terra da Companhia que não exigem contiguidade com o aeroporto”. “Esta hipótese decorre do levantamento de custos para a manutenção indispensável devido à deterioração dos atuais edifícios que a empresa ocupa junto ao aeroporto Humberto Delgado e que se revelam muito elevados face à antiguidade das instalações”, acrescenta.

No comunicado enviado aos trabalhadores, a CT relata que deu conta de várias preocupações, como “o estacionamento para os trabalhadores deslocados” ou a questão do refeitório. Sobre este último, Christine Ourimères-Widener respondeu “que teria de ser dada uma compensação aos trabalhadores caso não exista um sítio onde os mesmos possam tomar a sua refeição dentro dos moldes agora praticados”.

Na reunião foram ainda abordados outros temas, como “possíveis ajustes” devido “ao aumento do vencimento mínimo, ao aumento do custo de vida e ao aumento da inflação”, mas foi-lhe dito que “não estão no horizonte, nem constam do Orçamento para 2022”. A renegociação dos acordos de empresa Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil será “dividida em duas fases, antes e depois do verão, para não comprometer a operação de verão”, disse a CEO à Comissão de Trabalhadores.

(Notícia atualizada no dia 12 com mensagem da comissão executiva aos trabalhadores)

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