Ministro alemão espera queda dos preços da energia dentro de um ano

  • Lusa
  • 29 Maio 2022

"Com base no que vemos agora, no verão do próximo ano esperamos um alívio nos preços da energia" e "luz ao fundo do túnel", afirmou Robert Habeck, ministro alemão da Economia e Energia.

O ministro alemão da Economia e Energia, Robert Habeck, disse hoje esperar que os preços da energia caiam dentro de um ano e que haverá “luz ao fundo do túnel” no verão de 2023.

Habeck, que é também vice-chanceler, participou num evento da Associação Federal dos Industriais Alemães (BDI) em Hannover, tendo avisado que, até ao verão do próximo ano, a situação global poderá ainda piorar e não existem garantias de qualquer tipo.

“Com base no que vemos agora, no verão do próximo ano esperamos um alívio nos preços da energia” e “luz ao fundo do túnel“, afirmou o governante.

Entretanto, para Robert Habeck, é necessário “aguentar” e usar o tempo para que no verão de 2023 a economia alemã esteja pronta para a recuperação.

A nível político, isto significa aprovar até lá leis para acelerar os processos de autorização e certificação, bem como para facilitar a imigração de mão-de-obra qualificada, uma vez que, salientou, existem atualmente 500.000 vagas, embora a economia não esteja a funcionar em pleno.

Será, então, tempo para a indústria “dar o pontapé de saída” à energia limpa, como as energias renováveis e o hidrogénio verde, disse Habeck, que afirmou que não há tempo para “desperdiçar”.

O ministro adiantou que a Europa está atualmente confrontada com o dilema de dizer adeus à globalização, que no seu formato atual está a “estagnar”, ou de continuar com uma abordagem diferente.

Contudo, advertiu que não se deve “falar de desglobalização”, pois isso significaria a emergência de um novo nacionalismo. Pelo contrário, defendeu a “procura de novos mercados” com princípios democráticos e compatíveis com o ambiente, naquilo a que chamou uma “refundação sustentável da globalização”.

Na sua opinião, o comércio livre deveria ser idealmente desenvolvido multilateralmente, através da Organização Mundial do Comércio (OMC), uma vez que é necessário levar o “espaço global” a sério e cuidar de “normas e padrões”.

No entanto, reconheceu que, para acreditar num futuro neste sentido, é necessário “otimismo”, devido à rejeição pelos Estados Unidos e pela China de uma reforma da OMC, para que, se esta opção não for por diante, o comércio seja estruturado em torno de acordos bilaterais da União Europeia.

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