Preço do lítio e outros metais usados nas baterias vai descer, diz Goldman
Cobalto, lítio e níquel são fundamentais para a produção das baterias usadas nos carros elétricos. A procura fez disparar os preços. Goldman diz que tendência chegou ao fim.
O Goldman Sachs considera que o ciclo de subidas no preço do cobalto, níquel e lítio, usados nas baterias, chegou ao fim. A cotação deverá cair nos próximos dois anos, depois de os investidores terem entrado em força naqueles metais, que têm um papel central na transição energética.
“Os investidores estão plenamente conscientes de que os metais das baterias vão desempenhar um papel crucial na economia global do século XXI”, escrevem analistas do Goldman, incluindo Nicholas Snowdon e Aditi Rai, numa nota divulgada este domingo citada pela Bloomberg. “No entanto, apesar desse perfil de procura exponencial, consideramos que o ciclo de alta nos metais terminou por agora.”
Houve “um aumento do capital investido, vinculado à pespertiva de aumento da procura por veículos elétricos no longo prazo, que levou a que a matéria-prima fosse negociada no mercado spot como se fosse um ativo futuro. Esse desfasamento no preço generou uma oferta excessiva nos metais, muito superior à tendência da procura“, explicam os analistas.
O Goldman Sacks espera uma “forte correção” nos preços do lítio, com a cotação a descer de cerca de 60 mil dólares a tonelada para uma média de 54 mil este ano. Em 2023 cairá ainda mais, para um valor a ronda os 16 mil dólares.
O cobalto poderá descer dos atuais cerca de 80 mil dólares por tonelada para uma média de 59.500. O Niquél ainda poderá valorizar à volta de 20%, mas acabará também por desvalorizar. Os preços podem voltar a disparar depois de 2024.
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