Vendas de combustíveis nos postos de abastecimento disparam 41,18% em março
Segundo a ENSE, mantém-se a trajetória de recuperação que vinha a ser sentida, "mas com um incremento maior neste período a que não deverá ser alheio a subida expectável dos preços".
As vendas de combustíveis rodoviários nos postos de abastecimento retalhistas aceleraram para um crescimento total de 41,18% em março deste ano, face ao mês homólogo, segundo dados divulgados esta terça-feira pela Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE).
Em comunicado, a ENSE aponta um aumento homólogo de 38,76% no gasóleo rodoviário e de 49,60% na gasolina rodoviária, “mantendo-se a trajetória de recuperação que vinha a ser sentida nos meses anteriores, mas com um incremento maior neste período a que não deverá ser alheio a subida expectável dos preços que levou a um maior nível de procura por parte dos consumidores com vista a minimizar o impacto financeiro dessa circunstância”.
Face a fevereiro, estes dados – baseados nos registos efetuados diretamente pelos postos junto da ENSE através do Balcão Único da Energia – evidenciam também “uma subida relevante”, com incrementos de 16,21% no gasóleo rodoviário e de 12,80% na gasolina rodoviária, “o que comprova de forma clara o acelerar das opções de consumo registadas em março e que é expectável que sejam corrigidas no mês subsequente”.
Comparando com o mês de março de 2019, o último ano pré-pandémico, a ENSE nota que, “apesar da situação atípica de procura e consumo face à subida de preços, que não deve ser menosprezada e que deverá ser corrigida nos meses seguintes, registaram-se vendas 6,37% acima no gasóleo rodoviário e superior em 2,02% na gasolina rodoviária”.
Para além disso – acrescenta -, “analisando os valores acumulados durante o primeiro trimestre de 2022, constata-se que se registam aumentos homólogos face a 2021 muito significativos, com subidas no gasóleo rodoviário e na gasolina rodoviária de, respetivamente, +40,46% e de +54,68%”.
De acordo com a ENSE, “é expectável que haja alguma correção desta trajetória nos meses seguintes, face à evolução das condições do mercado, que tem conduzido a uma pressão sobre a formação dos preços”.
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