Empresas angolanas mais confiantes, apesar de construção continuar desfavorável

  • Lusa
  • 5 Junho 2022

Falta de materiais, taxas de juros elevadas e insuficiência na procura são os constrangimentos identificados pelos empresários no setor da construção, que é única exceção nos indicadores de confiança.

Os indicadores de confiança das empresas angolanas mantiveram tendência ascendente no primeiro trimestre de 2022, com a conjuntura a apresentar-se favorável para todos os setores analisados, exceto a construção.

Os dados constam da Folha de Informação Rápida (FIR) sobre a conjuntura económicas às empresas no primeiro trimestre de 2022 divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), revelando a intensidade das principais variáveis do indicador de confiança (IC) dos setores da Indústria Extrativa, Indústria Transformadora, Construção, Comércio, Turismo e Transportes, tendo em conta as opiniões de 1.638 empresas distribuídas nas 18 províncias angolanas.

O objetivo do inquérito é analisar o Clima Económico em Angola, tendo a maior parte dos setores em análise apresentado tendência e evolução homóloga positiva e uma favorável conjuntura económica para as empresas.

Dos dados obtidos no primeiro trimestre de 2022, observou-se que o clima económico permaneceu favorável, com o IC a manter a tendência ascendente dos seis últimos trimestres consecutivos, evoluindo positivamente em relação ao período homólogo e permanecendo acima da média da série iniciada em 2008.

Os indicadores de confiança do setor da indústria transformadora e da construção apresentaram tendência positiva, evoluíram favoravelmente em relação ao período homólogo e permaneceram acima da média da série, indica o INE.

A conjuntura das empresas passou a ser favorável para as indústrias transformadoras e permaneceu desfavorável para o setor da construção, apesar de o IC manter tendência ascendente há sete trimestres consecutivos.

A falta de materiais, o nível elevado das taxas de juros e a insuficiência da procura foram os principais constrangimentos identificados pelos empresários do setor, associados ao excesso de burocracia e à deterioração das perspetivas de venda.

A conjuntura económica é também favorável às empresas do setor de Indústria Extrativa e do Turismo, pois os indicadores apresentaram tendência ascendente e evoluíram positivamente em relação ao períodos homólogo, permanecendo acima da média da série

A conjuntura económica é favorável ainda às empresas do setor da Comunicação e dos Transportes, tal como no caso do comércio, não obstante a tendência negativa do indicador

No parecer dos empresários ligados ao comércio, a insuficiência da procura, as dificuldades financeiras, o excesso de burocracia e regulamentações estatais foram os principais constrangimentos no trimestre. A rutura de stocks e os preços de venda demasiado elevados, também afetaram as atividades das empresas comerciais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Empresas angolanas mais confiantes, apesar de construção continuar desfavorável

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião