Pré-publicação: “Gestão de Empresas com Pessoas a Bordo”. A importância das pessoas nas organizações
A Pessoas faz a pré-publicação do artigo intitulado "A importância das pessoas nas organizações", escrito por Ricardo Costa, CEO do grupo Bernardo da Costa.
“As empresas não são feitas de Pessoas, as Empresas são as Pessoas”. Esta é a perspetiva que Ricardo Costa, CEO do Grupo Bernardo da Costa, apresenta num dos capítulos do livro “Gestão de Empresas com o Pessoas a Bordo”. No dia em que a obra — coordenada por Pedro Ramos, CEO da Keeptalent Portugal e presidente da Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas (APG), e Vasco Ribeiro, consultor de empresas e speaker internacional nas áreas de gestão, marketing, turismo, etiqueta e protocolo empresarial — será apresentada, a Pessoas faz a pré-publicação do excerto “A Importância das Pessoas nas Organizações”.
Licenciado em Engenharia e Gestão Industrial, pela Universidade Lusíada de Vila Nova de Famalicão, e titular de um MBA internacional realizado na Católica Porto Business School, Ricardo Costa, 43 anos, é o líder do Grupo Bernardo da Costa e é, também presidente da direção da Associação Empresarial do Minho (AEMINHO), da assembleia geral da Associação Portuguesa de Segurança (APSEI), onde foi presidente da direção entre 2016 e 2018, e do conselho fiscal da Habitat for Humanity Portugal.
O livro “Gestão de Empresas com Pessoas a Bordo” é editado pela Editora d’Ideias.
A Importância das Pessoas nas Organizações
(Perspetiva de Ricardo Costa)
As Pessoas são sem dúvida o maior ativo das empresas. Assim, devemos preservar, cuidar e fazer com que estas se sintam em casa e parte da “família” empresarial. Este é hoje, e cada vez mais, um dos maiores desafios da Gestão.
Referimo-nos naturalmente à importância de fazer com que as condições em que passamos a maior parte do nosso tempo enquanto estamos despertos (porque nas nossas casas passamos a maior parte do tempo apenas a dormir…) sejam boas, fazer com que os nossos colaboradores [as nossas Pessoas] se sintam motivados, confortáveis e, acima de tudo, fazer com que exista um equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional. Esta é, cada vez mais, uma das principais preocupações dos líderes empresariais e dos gestores das empresas, sobretudo agora, na pós-pandemia.
Vivemos numa sociedade onde o tempo é cada vez mais escasso. Onde estamos todos sob stress pessoal e organizacional. Se por um lado sou de opinião que o stress pode ter um efeito positivo [eu, pelo menos, funciono muito melhor debaixo de stress “bom” que me ajuda a fazer mais e melhor todos os dias], por outro lado, todos nós precisamos dos nossos “escapes”, de tempo para dedicar à nossa família, do tempo para nós próprios e, afigura-se fundamental que as empresas tenham esta preocupação de garantir estes equilíbrios que são cada vez mais relevantes e necessários para o bem-estar das nossas Pessoas.
Só este equilíbrio vai fazer com que sejamos mais produtivos, fazer com que, nos momentos em que estamos a trabalhar, e nas horas em que temos de nos dedicar à empresa, consigamos dar o tal “extra mile” que faz a diferença. E é isso que verdadeiramente distingue as empresas de sucesso das empresas (apenas) medianas. As empresas de sucesso mantêm as Pessoas alinhadas e motivadas para “darem tudo”, superarem-se e verdadeiramente “vestir a camisola” da sua organização.
E é em momentos mais desafiantes, como têm sido estes dois anos de pandemia, que a importância da gestão da motivação das nossas equipas se revela: se existir um bom alicerce e se construir sobre ele solidamente, elas vão superar-se em momentos de maior adversidade.
Nós, no Grupo Bernardo da Costa, como é sabido, temos essa cultura! Praticamos esses modelos e práticas de forma efetiva, para além de simples palavras!
Fomos a primeira empresa em Portugal, em fevereiro de 2017, a constituir um departamento da Felicidade. Esta ação não surge como o início de um caminho ou como o começo de uma nova cultura, mas antes como uma visão integrada e integradora, uma espécie de “chapéu” a um conjunto de benefícios acrescidos que os nossos colaboradores, por mérito próprio, haviam adquirido.
Obviamente, o caminho que trilhamos representa, acima de tudo, uma cultura empresarial que vem desde 1957, altura em que o meu avô criou a primeira empresa do grupo. Estamos, por isso, a falar de algo que faz parte do nosso ADN desde o início da nossa existência.
E esta é uma cultura empresarial que se baseia em valores muito bem definidos, no reconhecimento das Pessoas, no conhecimento do seu papel, no equilíbrio do que é o trabalho e a vida de cada uma e das suas famílias. E este departamento da Felicidade é isso mesmo: pretende-se proporcionar os meios e condições para, no fim do dia, conseguirmos a tal Felicidade pessoal e organizacional. Quem não deseja ser feliz? Quem não tem como um dos principais objetivos de vida ser feliz? Nós, no Grupo Bernardo da Costa, acreditamos que as Empresas têm um papel importante nessa nobre missão de contribuir para a felicidade dos que nos rodeiam.
Naturalmente, e eu refiro este aspeto muitas vezes, as empresas não são instituições de solidariedade social, são organizações geradas e que existem para dar lucro. O destino dado a esse lucro é que pode divergir de gestão para gestão.
No Grupo que tenho o privilégio de liderar, achamos que devemos (e assumimos essa responsabilidade) compartilhar esse lucro com aqueles que foram tão importantes para a obtenção dos resultados. E, por isso, temos o departamento da Felicidade que tem um orçamento próprio, que serve sobretudo para reconhecer o trabalho das nossas Pessoas, bem como fazer e operacionalizar de forma positiva e valorizadora, a partilha dos resultados que vamos atingindo ano após ano, faça sentido naqueles que acreditam, confiam e fazem tudo, todos os dias, para que possamos concretizar os nossos objetivos.
Ao mesmo tempo, não nos podemos esquecer da nossa Sociedade e do meio ambiente e envolvente onde vivemos, por isso existe um conceito que levamos muito a sério — o conceito do “giving back”. Estamos a falar de uma forma de estar “na vida e na empresa” sob modelos que proporcionem um verdadeiro retorno à sociedade de tudo aquilo que essa (nossa) sociedade nos ajudou a ganhar enquanto empresa e organização.
Por isso, gostaria de destacar que esta também é uma das missões muito importantes dos líderes empresariais — estar atentos às carências e necessidades da sociedade onde estamos inseridos. Portanto, com parte dos lucros que conseguimos alcançar, temos a obrigação de ajudar essas pessoas, ajudá-las a “virar a página” das suas vidas. Não ajudar por ajudar, mas contribuir para que cada uma dessas Pessoas “vire a página” da sua vida e consiga “respirar” melhor porque nós existimos. Isso é para mim um dos maiores sucessos que devemos almejar e traz-nos imensa Felicidade!
Em conclusão, é desta forma que vemos e sentimos as organizações. Nesta visão interna — das nossas Pessoas — mas também com a visão externa, da Comunidade onde estamos inseridos, que nos envolve. O resto, o mundo encarrega-se de nos devolver!
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