Microsoft vai incluir intervalo salarial nos anúncios de emprego para EUA

As faixas salariais deverão começar a aparecer nos anúncios, no máximo, até janeiro de 2023. Especialistas dizem que outras empresas vão seguir as pisadas da gigante tecnológica.

A Microsoft vai passar a incluir os intervalos salariais em todas as vagas disponíveis para os Estados Unidos da América, anunciou a empresa numa publicação no blogue da companhia. As faixas salariais deverão começar a aparecer nos anúncios, no máximo, até janeiro de 2023. A decisão da gigante tecnológica, dizem os especialista, vai levar a que outras grandes organizações avancem na mesma direção.

“Essa data [janeiro de 2023] é quando o estado de Washington, onde se encontra a sede da Microsoft, começará a exigir aos empregadores com, pelo menos, 15 empregados a divulgação de faixas salariais para cada posto. A lei cobre o estado de Washington, a iniciativa da Microsoft aplicar-se-á “em todos os EUA”, esclarece a empresa.

Considerada uma referência no mercado tecnológico, a decisão da Microsoft será, provavelmente, seguida por outros grandes empregadores. “Conheço várias grandes multinacionais que estão prestes a divulgar que farão o mesmo”, afirma Christine Hendrickson, vice-presidente de iniciativas estratégicas da Syndio, que realiza análises salariais para grandes organizações. “Algumas empresas divulgaram essas informações internamente, mas a Microsoft está na vanguarda ao incluir isso em todos os anúncios de emprego externos”, acrescenta, citada pela Forbes (acesso livre, conteúdo em inglês).

As leis que exigem a divulgação do intervalo salarial nos anúncios de emprego –- já aprovadas em seis estados e cidades, incluindo a cidade de Nova Iorque –- ainda não entraram em vigor, e os empregadores já pressionaram para adiar a prática. Mas, à medida que as expectativas dos funcionários sobre a transparência salarial aumentam e o número de lugares onde as leis foram aprovadas cresce, mais empregadores podem adotar a prática em vez de combatê-la.

“Quando as empresas começarem a agir, outras virão em breve. Haverá mais pressão para também sermos transparentes para conquistar talentos”, considera Christine Hendrickson. Mas estar entre os primeiros pode dar vantagem. “Há um prémio para quem é o primeiro. Eles ganham confiança num mercado de trabalho muito competitivo.”

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