Exclusivo “As causas também são um assunto das marcas”. Arranca a 24ª Semana Criativa de Lisboa

Ivo Purvis, presidente do júri de Publicidade na 24ª edição do Festival do Clube de Criativos, analisa os casos a concurso e aponta as tendências

No dia 30 arranca a 24.ª Semana Criativa de Lisboa, que culmina no dia 7 de julho com a revelação dos vencedores do Festival do Clube de Criativos.

Com 946 trabalhos a concurso, um recorde de inscrições, o Festival serve de montra para o que de melhor se faz em Portugal e permite apontar tendências de comunicação. Ivo Purvis, diretor criativo executivo da agência Partners e presidente do júri de Publicidade, categoria que contou com 226 trabalhos inscritos, faz o balanço das peças a concurso.

Se repararmos, todos os projetos portugueses premiados este ano em Cannes tentam de alguma forma ajudar a criar um mundo melhor, falta-nos apenas encontrar o propósito certo para atrair mais investimento, para que seja possível manter agências e anunciantes financeiramente saudáveis e sustentáveis, a fazer e a comunicar o bem”, diz sobre o Festival de Criatividade de Cannes, que decorreu na última semana e no qual Portugal obteve um resultado histórico.

O Festival do Clube de Criativos de Portugal pretende ser uma mostra do que de melhor se faz em Portugal. Globalmente, e pensando nos casos inscritos, como é que avalia o trabalho desenvolvido na categoria de Publicidade, na qual é presidente do Júri?

Penso que o trabalho nacional tem vindo a ganhar cada vez mais relevância internacional e existem bastantes peças a concurso este ano que são o espelho disso. A verdade é que nem tudo o que é bom aqui é bom lá fora, pois a cultura local continua a ser um filão para muitas agências e a cultura local por vezes é difícil de explicar e contextualizar lá fora. Mas existem cada vez mais projetos que conseguem trazer mundo para o nosso mercado pois procuram insights globais, o que os torna mais facilmente percetíveis além-fronteiras.

É possível destacar tendências? Quais?

Na categoria de publicidade, as tendências continuam a prender-se muito em torno da integração de disciplinas. Ideias que exploram vários meios e conseguem acrescentar de forma diferente em cada um deles. É de notar também o crescimento da categoria Filme e especialmente dos Conteúdos de marca. Existem trabalhos muito bem feitos, que são uma consequência natural do investimento que muitas marcas estão a fazer na categoria.

Portugal obteve o melhor resultado de sempre no Festival de Criatividade de Cannes, que decorreu na última semana. Como é que este resultado pode ser potenciado pela indústria?

Acho que serve de inspiração, pois é o reflexo do trabalho que algumas marcas nacionais já estão a fazer há alguns anos. As causas também são um assunto das marcas e, na incerteza dos tempo que vivemos, são mais facilmente reconhecíveis e valorizadas as marcas que encontrarem o seu papel para ajudar a construir um mundo melhor. Se repararmos, todos os projetos portugueses premiados este ano em Cannes tentam de alguma forma ajudar a criar um mundo melhor, falta-nos apenas encontrar o propósito certo para atrair mais investimento, para que seja possível manter agências e anunciantes financeiramente saudáveis e sustentáveis, a fazer e a comunicar o bem.

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