Costa Silva defende cooperação entre países para melhor gestão dos recursos hídricos

Ministro da Economia e Mar presidiu o primeiro dia da Conferência dos Oceanos e apelou à cooperação entre países do Sul da Europa, Norte e Centro de África para melhorar gestão dos recursos hídricos.

O ministro da Economia e do Mar defende uma cooperação entre os países europeus do Sul e africanos perante os cenários semelhantes de desertificação e os baixos níveis de precipitação que, juntos, contribuem para dificultar a gestão dos recursos hídricos, numa altura em que se debate a escassez de água.

“Portugal tem investido muito nos últimos anos no sistema de abastecimento de água e na sua reconfiguração, mas precisamos de fazer mais em ligação com os países do Sul da Europa, e com os países, nossos irmãos, do Norte de África e do Centro de África”, disse António Costa Silva no encerramento do Simpósio sobre a Água, no âmbito da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, esta segunda-feira. “Todos nós estamos a passar por problemas cruciais em termos de desertificação crescente dos nossos territórios, do declínio da pluviosidade e do impacto brutal que está a ter em todo o sistema de alimentação do nosso planeta”, acrescentou, referindo ser necessário mobilizarem fundos e partilhadas boas práticas para melhor gerir esta degradação.

Durante o simpósio que decorreu a tarde daquele que foi o primeiro dia desta conferência das Nações Unidas, no Altice Arena, chefes do Governo de vários países, dirigentes de associações e especialistas debateram a importância da segurança e saneamento, da melhoria da gestão da água e a importância da criação de parcerias inovadoras que juntas permitem criar soluções que vão em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 6 (água potável e saneamento) e 14 (proteger a vida marítima). Entre as soluções, foi sugerida a modelagem e gestão integrada dos aquíferos, à reposição de reservas de água e a importância do armazenagem da água da chuva – soluções que, considera o ministro, “contribuem para minimizar as perdas e modernizar as infraestruturas”.

“Estamos perante uma crise sem precedentes. Ao fim de de tantas conferências, porque não há planos de ação a seguir? Estamos a ter uma incapacidade de ação coletiva no nosso planeta que se reflete nas falhas gritantes que temos no modelo de governação global”, criticou António Costa Silva.

Face ao atual cenário, Costa Silva apelou que o modelo de governança fosse alterado numa altura em que se debate a importância da economia circular e a circularidade deste recurso. “A água é o bem mais consumido no nosso planeta. Não há vida sem água”, disse.

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