Governo quer impulsionar turismo sustentável através das áreas marinhas protegidas

Recordando o compromisso de alargar as áreas marinhas protegidas até 2030, Costa Silva anunciou que está a ser estudada estratégia que liga AMP ao turismo sustentável.

O Governo está em conversações com o Turismo de Portugal para criar uma estratégia que visa impulsionar o turismo sustentável através das Áreas Marinhas Protegidas (AMP) portuguesas.

“Portugal tem desenvolvido AMP, uma delas é na [Reserva Natural das] Ilhas Selvagens, no arquipélago da Madeira, a maior AMP do Atlântico do Norte e queremos expandi-las. Estamos em conversações com membros do setor, o Turismo de Portugal e a secretária de Estado do Turismo [Rita Marques] sobre como podemos ligar a proteção das áreas marinhas com o turismo“, afirmou, esta quarta-feira, António Costa Silva durante a sua intervenção no debate Turismo na Ação Oceânica: Rumo a uma Economia Azul Circular e Regenerativa, organizado pela Organização Mundial do Turismo (OMT), no âmbito da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas.

O tema das AMP tem sido um dos pontos de debate durante a conferência promovida pela ONU, tendo António Costa reforçado o compromisso de proteger 30% das áreas marinhas até 2030.

Além desta, Costa Silva considerou que a atividade costeira aliada ao surf pode resultar numa oportunidade para desenvolver um turismo mais “verde”, através da promoção do uso de outros materiais que tornam o equipamento mais sustentável. “Com estes elementos podemos tornar o turismo mais sustentável e promover mensagens que visam mudar o hábitos de consumo e a circularidade dos materiais”, acrescentou o governante.

Para Costa Silva, o turismo é um setor chave para impulsionar a economia, e torná-lo sustentável é uma das prioridades do Executivo, recordando que a Estratégia Turismo 2027 visa contribuir para a resposta do setor à urgência dos desafios da sustentabilidade definidos à escala mundial. Um dos quatro pilares deste plano, quer “transformar as empresas e corporações do setor” e, segundo o ministro, já conta com o interesse de mais de 60 empresas.

Segundo o responsável, a aposta num turismo mais sustentável é “crucial para Portugal” uma vez que, em 2019, o setor representava cerca de 14% do produto interno bruto (PIB), sendo por isso um “condutor económico”. “A economia está a recuperar a ritmo acelerado e o turismo está no centro da recuperação”, referiu.

No arranque do debate, o secretário-geral da OMT, Zurab Pololikashvili, garantiu que “estão a ser tomados passos para tornar o turismo mais sustentável e circular”, referindo que este é o maior setor das indústrias baseadas no oceano, representando cerca de 40% do seu valor total de exportação.

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