Pior semana para o petróleo desde abril vai aliviar combustíveis às famílias

Se a tendência atual se mantiver, o Brent caminha para fechar a pior semana desde o início de abril. Queda acumulada superior a 6% deve resultar na maior descida da gasolina em dois meses.

Depois de subir quase 4% na quinta-feira, o petróleo Brent recuperava mais de 0,5% ao início da manhã desta sexta-feira, cotando acima dos 105 dólares por barril. Ainda assim, a matéria-prima caminha para fechar a semana com uma queda superior a 6%, no rescaldo do colapso de 9,45% de terça-feira, dia em os receios de que uma recessão trave a procura condicionaram particularmente as negociações.

A manter-se a tendência até ao fim do dia, esta pode ser a semana de pior desempenho do petróleo desde o início de abril, quando o Brent, cotado em Londres, acumulou uma desvalorização acima dos 13%. Um alívio no preço do barril que vai representar também um alívio para milhões de famílias portuguesas, assoberbadas por um aumento de custos com combustível e uma subida acentuada da prestação mensal do crédito à habitação.

Na próxima semana, o gasóleo vai descer 6,5 cêntimos e a gasolina 7 cêntimos, para 1,928 euros e 2,014 euros por litro, respetivamente, avançou o ECO já depois da publicação desta notícia. Será, no caso da gasolina 95, a maior descida em dois meses.

Apesar da descida do preço do petróleo, outro fator baralhou as contas na hora de calcular os preços da gasolina e do gasóleo a partir da próxima segunda-feira. O valor do euro caiu de forma expressiva em comparação com o dólar esta semana, aproximando-se da paridade, fator que terá uma influência contrária à da descida do petróleo, que é cotado na divisa americana.

Brent vive pior semana desde abril

A tendência estende-se ao mercado norte-americano. O barril de WTI soma 0,17% na manhã desta sexta-feira, aproximando-se dos 103 dólares, mas acumulando uma perda semanal superior a 5%.

Estes fracos desempenhos do preço do crude marcam mais uma semana de alta volatilidade no mercado petrolífero. Os investidores veem-se forçados a pôr na balança riscos divergentes — por um lado, a perspetiva de uma redução da procura em caso de recessão global, que pressiona o valor da matéria-prima; por outro, a redução na oferta com as sanções à Rússia e menor produção do que o esperado pelos países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que faz encarecer o barril.

(Notícia atualizada às 11h46 com informação sobre descida dos combustíveis)

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