El Corte Inglés Portugal aumenta salários em 8,93%

Aumentos abrangeram 2.392 colaboradores de um total de 3.190 pessoas contratadas neste momento. Custos com pessoal, só com salários base, subiram mais de 3,5 milhões este ano.

O El Corte Inglês (ECI) aumentou um média de 8,93% os seus colaboradores em Portugal. A medida abrangeu 75% dos trabalhadores elegíveis para avaliação de desempenho. O salário de entrada dos colaboradores mantém-se o salário mínimo nacional, 705 euros, adiantou fonte oficial dos grandes armazéns à Pessoas.

“Setenta e cinco por cento dos colaboradores foram elegíveis para avaliação de desempenho. O aumento médio destas pessoas foi na ordem dos 8,93%. Aumentámos os custos de pessoal em mais de 3.500.000€/ano só em salários base“, revela fonte oficial do retalhista espanhol.

Os aumentos abrangeram 2.392 colaboradores de um total de 3.190 pessoas contratadas neste momento. “Os aumentos iniciaram-se em março e quem foi avaliado posteriormente recebeu retroativos a essa data (início do nosso exercício fiscal)”, clarifica a mesma fonte.

Em Espanha, no início do ano, a retalhista aumentou cerca de 1% os colaboradores depois da revisão dos convénios com os sindicatos, noticiou o Cinco Dias na época. No mercado nacional, onde tem dois armazéns em Lisboa e Porto, o ECI, feitas as avaliações dos colaboradores, decidiu por um aumento médio de 8,93%, abrangendo uma fatia alargada das suas pessoas, mas manteve o mesmo valor do salário de entrada: 705 euros, o salário mínimo nacional.

“Ao longo dos últimos anos temos vindo a assistir a um crescimento do ordenado mínimo nacional, contudo o mesmo não acontecia (na mesma percentagem) com o resto dos colaboradores que já se encontravam na empresa. Para reduzir situações de desigualdade, este ano atuámos nestes casos com a atualização de alguns vencimentos. Assim, o esforço financeiro foi ao nível da retenção dos colaboradores. Não poderíamos fazer tudo no mesmo ano e, por isso, mantemos como salário de entrada o salário mínimo nacional”, explica fonte oficial da companhia.

Modelo híbrido nos escritórios

Nos escritórios o grupo tem implementado um modelo híbrido de trabalho. “No último ano, [o grupo] efetuou vários questionários no sentido de auscultar os colaboradores e perceber o que pretendiam quando surgisse a oportunidade de regressar ao escritório. Com base nesses questionários ficou definida uma maior flexibilidade e temos vários modelos implementados, muitos deles adaptados a cada pessoa”, descreve Susana Silva, diretora de pessoas do El Corte Inglés, em declarações em julho Pessoas. “De uma forma geral, implementámos um modelo de trabalho híbrido que pode ser desde 1 a 3 dias no escritório”, conclui. Ao todo estão abrangidas mais de 350 pessoas no retalhista em Portugal.

“Pretendemos manter as nossas pessoas motivadas, através da responsabilização e confiança que lhes é dada. A produtividade aumentou, o absentismo reduziu e a rotação começa a estabilizar”, adianta Susana Silva.

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