Inflação em Espanha atinge 10,3% em agosto e alivia de recorde

Subida dos preços desacelerou em agosto pela primeira vez em quatro meses, depois de ter atingido um valor recorde no mês passado.

A inflação em Espanha atingiu os 10,3% em agosto, aliviando pela primeira vez em quatro meses à boleia da redução dos preços dos combustíveis, depois da taxa recorde de 10,8% registada em julho. Mantém-se, ainda assim, acima dos 10% e em máximos de cerca de quatro décadas.

O gabinete de estatísticas espanhol explica que a subida dos preços se deveu, entre outras razões, à eletricidade, alimentação, restaurantes e pacotes de viagem.

Por seu turno, a queda dos preços dos combustíveis em termos homólogos travou um maior agravamento do índice de preços no consumidor que se mantém nos níveis mais elevados desde 1984, indica o Instituto Nacional de Estadística (INE).

A evolução do índice harmonizado de preços ficou em linha com as previsões dos economistas sondados pela Bloomberg. O INE divulgará os valores finais da inflação no próximo dia 13 de setembro.

Já o índice de preços no consumidor nacional desacelerou para os 10,4% em agosto, com o indicador subjacente — que exclui energia e alimentação — ficou nos 6,4%.

“Temos de continuar (a agir) com enorme cautela porque a incerteza é muito elevada na sequência da guerra às portas da Europa”, salientou a ministra da Economia, Nadia Calviño, em declarações à TVE citadas pela Reuters.

Com esta desaceleração na subida dos preços em quatro décimas, a taxa de inflação acaba com um ciclo de três meses seguidos em alta.

Para travar o impacto da subida dos preços da luz nas famílias, Espanha e Portugal conseguiram negociar junto de Bruxelas aquilo que se chama de mecanismo ibérico que veio limitar o preço do gás na produção de eletricidade.

(Notícia atualizada às 9h04)

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