G7 aprova acordo que impõe teto máximo sobre os preços do petróleo russo

Os ministros das Finanças do G7 anunciaram que será implementado um teto máximo ao preço do petróleo russo, mas pedem aos países ajuda na conceção e implementação da medida.

Os líderes do grupo do sete(G7) aprovaram um acordo para impor um limite máximo às compras de petróleo proveniente da Rússia. A decisão, anunciada esta sexta-feira, foi formalizada na sequência de uma reunião entre os ministros das Finanças do G7.

“Hoje confirmamos a nossa intenção política conjunta de finalizar e implementar uma proibição abrangente de serviços que permitam o transporte marítimo de petróleo bruto e produtos petrolíferos de origem russa a nível mundial – a prestação de tais serviços só será permitida se o petróleo e produtos petrolíferos forem adquiridos a um certo preço (“o preço limite”) determinado pela vasta coligação de países que adiram e implementem o limite de preços”, lê-se no comunicado do grupo.

O limite de preço foi projetado especificamente para reduzir as receitas russas e a capacidade da Rússia financiar a guerra, minimizando o impacto do conflito armado nos preços de energia, principalmente para países de rendimento baixo e médio”, refere o G7, informando que o teto sobre o preço do petróleo russo irá endurecer o sexto pacote de sanções dos 27 Estados-membros contra Moscovo.

No comunicado de sete páginas não é referido, no entanto, como será definido esse teto máximo. Pedem apenas que, “em linha com o nosso amplo e contínuo envolvimento com um grupo diversificado de países e as principais partes interessadas, convidamos todos os países a fornecer informações sobre a conceção do limite de preços e como devemos implementar esta importante medida”.

No mesmo momento, os sete países apelaram a uma “coligação abrangente” de forma a “maximizar a efetividade da medida e urgimos a todos os países que ainda importam petróleo e outros produtos refinados russos que se comprometam a fazê-lo apenas a preços iguais ou inferiores o teto de preço”.

As notícias não abalaram os preços no mercado petrolífero que, ao início desta tarde, subiam quase 3% para 94 dólares. Após o anúncio do G7, o contrato de referência para a Europa, o brent, somava 1,99% para 94,20 dólares, depois de acumular uma perda de 8% ao longo desta semana. Em Nova Iorque, o crude WTI avança 2,81% para 88,25 dólares, depois de ter atingido na véspera a cotação mais baixa desde 28 de janeiro.

Recorde-se que face às intenções do G7, o Kremlin anunciou que se recusaria a vender petróleo a países que impuserem um limite nos preços. “As empresas que impõem um teto de preço não estarão entre os destinatários do petróleo russo”, prometeu o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, aos jornalistas. “Nós simplesmente não vamos cooperar com eles em princípios que não sejam os de mercado”, sublinhou.

(Notícia atualizada às 16h27)

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