Produção de energia solar bate recorde em agosto
Consumo de eletricidade subiu 1,7% em agosto, mês mercado por níveis recorde na produção fotovoltaica em Portugal.
A produção fotovoltaica Portugal beneficiou de um regime mais favorável em agosto e ultrapassou a média histórica. De acordo com os dados divulgados pela Redes Energéticas Nacionais (REN) o índice de produtibilidade solar foi de 1,1. A média histórica é igual a 1.
“Este aumento de produtibilidade, conjugado com as novas instalações que vão sendo ligadas à rede, permitiu atingir uma nova ponta máxima de cerca de 1.260 MW (megawatts)”, explica a REN em comunicado, esta sexta-feira
Segundo a entidade, a produção eólica ficou abaixo dos valores médios, resultado de um índice de produtibilidade de 0,84 (média histórica igual a 1), enquanto o regime hidroelétrico continua seco “tal como se tem verificado nos últimos meses”, com um índice de produtibilidade de 0,48 (média histórica igual a 1). Isto acontece numa altura em que a situação de seca e escassez de água impede que os níveis de água nas barragens se mantenham acima da média.
De acordo com a REN, em agosto, as renováveis abasteceram 36% do consumo de eletricidade em Portugal, a produção não renovável 39% e os restantes 25% foram importações de Espanha. Em termos acumulados, nos primeiros oito meses do ano as renováveis tiveram uma quota de 44%, as centrais a gás natural abasteceram 33% e as importações contribuíram com 23%.
Segundo a nota da entidade liderada por Rodrigo Costa, o consumo de eletricidade em Portugal cresceu 1,7% em agosto face ao período homólogo (ou 1,4% com correção dos efeitos de temperatura e dias úteis). A evolução configura uma forte desaceleração face a julho, quando o consumo de eletricidade no país cresceu 7,2% em termos homólogos.
Em termos acumulados, no período de janeiro a agosto o consumo cresceu 3,2% (3% com correção da temperatura e dias úteis), indicou ainda a REN.
Quanto ao mercado de gás natural, a REN dá conta de que consumo evoluiu em agosto, com uma taxa homóloga de 8%. “Tal como se tem verificado ao longo do ano, verificaram-se comportamentos divergentes entre o segmento de produção de energia elétrica, que cresceu 48%, e do segmento convencional, que inclui os restantes clientes e que contraiu 15,7%”, diz o comunicado.
Entre janeiro e agosto, o consumo de gás natural registou uma variação homóloga ligeiramente positiva de 0,7%, resultado de uma quebra de 20% no segmento convencional e de um crescimento de 47% no segmento de produção de energia elétrica.
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