Greenvolt com lucros de 1,2 milhões no primeiro semestre de 2022

A energética liderada por João Manso Neto registou lucros de 1,2 milhões de euros no primeiro semestre, traduzindo-se num aumento de 17% quando comparado com o período homólogo.

A Greenvolt fechou o primeiro semestre com lucros de 1,2 milhões nos primeiros seis meses, tratando-se de um crescimento de cerca de 17% quando comparado com o período homólogo do ano passado.

Segundo o relatório e contas divulgado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), esta terça-feira, a energética liderada por João Manso Neto registou um EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 36,8 milhões (uma subida homóloga de 248%) e receitas totais na ordem dos 113,3 milhões de euros – uma subida de 170% quando comparada com o primeiro semestre de 2021.

“Os resultados do primeiro semestre de 2022 são alicerçados na unidade de negócio de biomassa residual e no reforço do investimento nas áreas com maior potencial de crescimento, como sejam o desenvolvimento de projetos solares fotovoltaicos e eólicos, bem como a geração distribuída”, lê-se na nota assinada pelo CEO da empresa energias renováveis.

No segmento da produção de energia elétrica através de biomassa, exclusivamente proveniente de resíduos, registaram-se receitas de 41,4 milhões de euros, um crescimento de cerca de 99% face ao segundo trimestre de 2021, enquanto o EBITDA recorrente deste segmento ascendeu a cerca de 19,4 milhões, o que se traduz num crescimento de aproximadamente 161%. A energética nota, no entanto, que “caso a paragem da TPG [uma central no Reino Unido com cerca de 42 megawatts (MW) de potência] não tivesse ocorrido, o EBITDA neste trimestre teria ascendido a 22,8 milhões”. A paragem foi de 18 dias, explica o comunicado.

Já no segmento de energia renovável solar fotovoltaica e eólica, a Greenvolt detém cerca de 229 MWp (megawatts peak) em projetos em operação e em construção — 45 MWp em operação na Roménia; 184 MWp em construção em Portugal e na Polónia. “Em termos de pipeline de projetos, este ascende a 6,7 GW em 10 geografias. O pipeline de projetos em fase avançada ascende a 2,9 GW até final de 2023, um aumento de 45% face ao final de 2021”, escreve o comunicado.

No segundo trimestre as receitas ascenderam a cerca de 6,1 milhões de euros, relacionadas com vendas de energia de parques em operação e com serviços de gestão de ativos, enquanto o EBITDA, excluindo custos de transação, foi negativo em cerca de 1,4 milhões de euros. Em termos semestrais, as receitas totais do segmento ascenderam a 8,3 milhões de euros e o EBITDA excluindo custos de transação a menos 4,3 milhões de euros, “o que denota uma melhoria operacional durante o segundo trimestre do ano”.

A Greenvolt revela ainda que, no segundo trimestre, “verificou-se uma maior execução de projetos”, tendo sido concluída a instalação de 11,6 MWp naquele período (ou 17,2 MWp no segundo semestre semestre). Até ao fim de junho de 2022, a energética contava com instalações e contratos assinados que totalizavam 94,9 MWp, tanto em Portugal como em Espanha. Neste âmbito, as receitas do segundo trimestre ascenderam a cerca de 9,2 milhões de euros, tendo o EBITDA sido negativo em cerca de 1,2 milhões, dada a fase de aceleração e expansão em que o segmento se encontra. Em termos semestrais as receitas fixaram-se em 15 milhões de euros, enquanto o EBITDA foi negativo em 1,5 milhões.

GV emite dois empréstimos obrigacionistas de 85 milhões de euros

De acordo com o relatório e contas, a dívida financeira líquida da Greenvolt ascendia a 290,1 milhões de euros, no final de junho de 2022, “sendo que as linhas de caixa e equivalentes eram de 279,3 milhões”.

Durante o segundo trimestre de 2022, a empresa liderada por João Manso Neto emitiu dois empréstimos obrigacionistas no total de 85 milhões de euros. O primeiro num montante de 50 milhões, com maturidade de dois anos e cupão variável (posteriormente fixado, durante o mês de julho). E um segundo empréstimo num montante de 35 milhões de euros, com uma maturidade de três anos e um cupão variável.

A nota refere ainda que, neste terceiro trimestre, a Greenvolt concluiu com sucesso um aumento de capital de 100 milhões de euros, em julho, sendo que, em setembro, a dívida da Greenvolt recebeu o seu primeiro rating de BBB-, com Outlook Estável, atribuído pela EthiFinance.

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