PS e PCP chumbam audição de Medina sobre contratação de Sérgio Figueiredo

  • Lusa
  • 8 Setembro 2022

O requerimento foi rejeitado com os votos contra do PS e do PCP e votos favoráveis do Chega, PSD e Iniciativa Liberal. PS também chumba audição do ministro sobre fecho de balcões da CGD.

Os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças chumbaram esta quinta-feira o requerimento do Chega para ouvir o ministro das Finanças, Fernando Medina, sobre a contratação para a sua tutela do ex-diretor de informação da TVI Sérgio Figueiredo.

O requerimento foi rejeitado com os votos contra do PS e do PCP, tendo recolhido os votos favoráveis do Chega, PSD e Iniciativa Liberal. Antes da votação, foi referido o facto de, entretanto, ter sido agendada para dia 14 a audição regimental ao ministro as Finanças, momento durante o qual Fernando Medina poderá ser questionado sobre este tema.

Apesar desta possibilidade, o PSD lembrou a importância e Fernando Medina dar explicações sobre esta contratação que acabaria por cair, com a renúncia de Sérgio Figueiredo ao cargo. Na justificação do requerimento, o Chega aludiu ao facto de, após ter sido noticiada a contratação do ex-diretor de informação da TVI, terem vindo a público notícias sobre outras relações contratuais que deveriam ser esclarecidas.

Na terça-feira, em entrevista na RTP 1, o ministro das Finanças afirmou que o lugar de consultor do ministério que foi recusado por Sérgio Figueiredo, no mês passado, será ocupado por uma “pessoa com o currículo adequado” para as funções exigidas. “(…) Quando se encontrar a pessoa com o currículo adequado para cumprir as funções que considero importantes, de abertura do ministério e do diálogo (…) com a sociedade civil, (…) irá poder trabalhar com o Ministério das Finanças”, disse Fernando Medina.

O PS chumbou ainda o requerimento do PCP para ouvir o ministro das Finanças sobre o fecho de balcões da CGD, apontando a audição regimental de Medina no dia 14 e a necessidade de ouvir gestores da Caixa. Antes da votação, o deputado do PCP Bruno Dias salientou a importância do tema do requerimento, deixando em aberto que o ministro das Finanças pudesse ser ouvido sobre o encerramento de balcões da Caixa Geral de Depósitos (CGD) no âmbito da audição regimental, mas numa grelha específica.

Desta forma, e apesar de nada impedir que os deputados confrontem o titular das Finanças com este ou outros temas, a audição de dia 14 conteria uma ronda especifica dedicada ao tema do requerimento dos comunistas. A solução foi, no entanto, rejeitada pelo PS, com o deputado socialista Miguel Cabrita a justificar que não lhe “parecer adequado” acrescentar “um momento específico” na audição regimental para ouvir o ministro sobre este tema, precisando que o mesmo exige que a comissão executiva da CGD seja também ouvida.

À Lusa, já depois do desfecho da votação – com o PSD, Chega e Iniciativa Liberal a votarem a favor -, Bruno Dias classificou atitude do PS como “falta de vontade política” em discutir os porblemas do país. “O chumbo pelo PS do requerimento do PCP para ouvir o ministro das Finanças sobre o encerramento de balcões da Caixa Geral de Depósitos é sintoma da falta de vontade política deste partido em discutir com profundidade os problemas das populações e do País e de encontrar para os mesmos as soluções que se exigem”, precisou Bruno Dias.

Na discussão que antecedeu a votação, Miguel Cabrita acrescentou que o PS vai avançar com um requerimento para ouvir a comissão executiva da Caixa Geral de Depósitos. Na origem do requerimento do PCP esta o facto de, refere o texto, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) preparar o encerramento de mais 23 balcões em Portugal continental, “num processo que não é novo e que já levou ao encerramento de mais de 300 agências nos últimos 10 anos”.

“É decidido o encerramento de mais 23 agências, quando a CGD anuncia lucros de 486 milhões de euros no primeiro semestre de 2022, valores que valem, apesar de tudo, menos do que aquilo que um Banco Público representa nos serviços estratégicos que garante à população e às empresas”, referem os comunistas.

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