Petróleo cede mais de 3% com travão à greve ferroviária nos EUA e receios na procura

Matéria-prima desvaloriza mais de 3%, após ter sido alcançado um acordo que trava uma greve dos serviços ferroviários nos EUA e numa altura em que aumentam os receios sobre a procura de "ouro negro".

Os contratos de futuro de petróleo nos mercados internacionais estão a desvalorizar mais de 3% esta quinta-feira, tocando mínimos de uma semana, pressionados pelo facto de ter sido alcançado um acordo que trava a prevista greve dos serviços ferroviários nos EUA e numa altura em que aumentam as preocupações relativas à procura global.

Pelas 19h06 de Lisboa, o barril de Brent, que serve de referência às importações nacionais, cedia 3,06% para 91,25 dólares, enquanto o WTI, negociado em Nova Iorque, recuava 3,38% para 85,49 dólares. Este desempenho representa um agravamento das perdas, dado que a meio da manhã os futuros de “ouro negro” estavam a recuar cerca de 1,5%, com os contratos a caminho de fecharem em mínimos de 8 de setembro.

Evolução dos contratos de futuro do Brent desde 15 de março a 15 de setembro de 2022:

Após 20 horas de negociações, com a administração de Joe Biden a mediar as conversações, foi alcançado um acordo para evitar uma greve que paralisaria os serviços ferroviários dos EUA e afetaria a distribuição de alimentos e combustível em todo o país, bem como para fora do território norte-americano.

Na quarta-feira, a Agência Internacional da Energia (AIE) antecipou que o aprofundamento da desaceleração económica e uma economia chinesa vacilante provoquem uma redução na procura por crude no último trimestre deste ano. Além disso, a instituição alertou que os EUA caminham para a maior queda anual da procura do “ouro negro” em mais de três décadas.

A influenciar o desempenho estão ainda os confrontos entre a Arménia e o Azerbaijão, um produtor de petróleo, que aumenta o risco de abastecimento, isto apesar de um funcionário arménio ter garantido na quarta-feira que foram alcançadas tréguas.

Por outro lado, o “ouro negro” ficou ainda sob pressão com o dólar forte, dado que esta matéria-prima é negociada em dólares e esta subida torna o petróleo mais caro para os detentores de outras moedas.

(Notícia atualizada com novas cotações às 19h20 e a indicação de que foi alcançado um acordo para a greve ferroviária nos EUA)

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