Confiança dos consumidores em Portugal em mínimos desde a pandemia

O indicador de clima económico também recuou em agosto e setembro em Portugal.

O indicador de confiança dos consumidores situa-se este mês no valor mais baixo desde o início da pandemia, em abril de 2020, revelam os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) esta quinta-feira. O indicador de clima económico também recuou em agosto e setembro, “afastando-se do nível observado em fevereiro, em que atingiu o máximo desde março de 2019”.

Na evolução da confiança dos consumidores pesaram de forma negativa todas as componentes avaliadas: opiniões e expectativas relativas à situação financeira do agregado familiar, perspetivas sobre a evolução futura da situação económica do país e da realização de compras importantes por parte das famílias.

Tanto o saldo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país como da evolução da situação financeira do agregado familiar recuaram em setembro, sendo que este último atingiu mínimos de junho 2014.

Além disso, pesa ainda a inflação. O saldo das opiniões dos consumidores sobre a evolução passada dos preços aumentou ligeiramente em setembro, renovando o valor máximo da série que havia sido registado nos dois meses anteriores, na sequência da trajetória marcadamente ascendente iniciada em março de 2021″, diz o INE, sendo que as perspetivas de evolução futura também aumentaram.

Olhando para os setores, o indicador de confiança dos Serviços “diminuiu expressivamente, tendo aumentado na Construção e Obras Públicas, no Comércio e na Indústria Transformadora, de forma ligeira nos últimos dois casos”.

Nos serviços foi então onde se sentiu mais o impacto negativo das perspetivas económicas, sendo que o indicador de confiança diminuiu de forma expressiva em setembro. “O comportamento do indicador resultou do contributo negativo de todas as componentes, opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas, apreciações sobre a atividade da empresa e perspetivas relativas à evolução da procura, de forma expressiva nos dois primeiros casos”, explica o INE.

Na indústria transformadora, a evolução deveu-se ao “contributo positivo das opiniões sobre a evolução da procura global e das apreciações relativas aos stocks de produtos acabados, tendo as perspetivas de produção contribuído negativamente”, de acordo com o gabinete de estatísticas. Já na construção e obras públicas sentiu-se um impacto positivo das apreciações sobre a carteira de encomendas e perspetivas de emprego.

No comércio, onde as apreciações sobre o volume de stocks pesaram no sentimento, há perspetivas diferentes: enquanto o indicador de confiança aumentou no comércio por grosso, no comércio a retalho diminuiu.

(Notícia atualizada às 10h10)

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