Euribor sobem, com taxa a três meses a atingir um novo máximo

  • Lusa
  • 6 Outubro 2022

A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, atingiu esta quinta-feira um novo máximo desde janeiro de 2012.

As taxas Euribor subiram esta quinta-feira a três, a seis e a 12 meses face a quarta-feira, no prazo mais curto para um novo máximo desde janeiro de 2021.

  • A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo a 6 de junho, avançou hoje para 1,838%, mais 0,107 pontos, depois de cair em três sessões consecutivas e de ter subido a 28 de setembro até 1,858%, um máximo desde janeiro de 2009. A média da Euribor a seis meses subiu de 0,837% em agosto para 1,596% em setembro. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
  • No prazo de 12 meses, a Euribor também avançou esta quinta-feira, ao ser fixada em 2,470%, também mais 0,107 pontos, depois de ter descido em seis sessões consecutivas e contra 2,625% em 27 de setembro, um novo máximo desde fevereiro de 2009. Após ter disparado a 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 1,249% em agosto para 2,233% em setembro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou a 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, subiu esta quinta-feira, ao ser fixada em 1,248%, mais 0,048 pontos que na quarta-feira e um novo máximo desde janeiro de 2012. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 0,395% em agosto para 1,011% em setembro.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

Em 8 de setembro, o BCE subiu as três taxas de juro diretoras em 75 pontos base, o segundo aumento consecutivo deste ano, já que em 21 de julho, tinha subido em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, com o objetivo de travar a inflação.

No final da última reunião, a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que o aumento histórico de 75 pontos base nas taxas de juros não é a “norma”, mas salientou que a avaliação será reunião a reunião. A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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