Costa Silva critica os portugueses que hostilizam empresas, lucros e grande capital

  • Lusa
  • 11 Outubro 2022

O ministro disse que o que o preocupa não é o desempenho deste ano, mas sim o que se vai passar em 2023, fruto de um contexto de conflitos geopolíticos que “não auguram nada de bom”.

O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, criticou esta terça-feira, em Barcelos, os portugueses que hostilizam as empresas e os empresários, tratam o lucro “como um pecado” e atacam o grande capital. “Infelizmente, vivemos num país que, por motivos ideológicos, hostiliza as empresas, hostiliza os empresários, muitas vezes trata o lucro como um pecado (…). E, sobretudo, há também um ataque sistemático contras as grandes empresas e contra aquilo que muitos chamam o grande capital”, referiu.

Falando durante um Fórum Regional da Indústria, Costa Silva disse que aqueles ataques subvertem completamente “tudo aquilo que deve ser uma economia de um país avançado”.

“Oxalá o país tivesse grande capital, o capital é exatamente uma das coisas que mais falta faz para capitalizar as empresas e desenvolver um percurso para o futuro”, acrescentou. Na sua intervenção, criticou ainda a lentidão da máquina do Estado, sublinhando que quase o leva à “exasperação”.

“Todos os dias quase que chego à exasperação, temos ainda uma máquina lenta, uma fraca ligação ao que é o tecido industrial”, afirmou, defendendo que é preciso reformar métodos de trabalho e digitalizar processos, para agilizar procedimentos. Em relação ao futuro, o ministro disse que o que o preocupa não é o desempenho deste ano, mas sim o que se vai passar em 2023, fruto de um contexto de conflitos geopolíticos que “não auguram nada de bom”.

“É uma conjuntura extremamente difícil, temos de nos preparar para um mundo novo”, alertou. Para o governante, as chaves para o sucesso das empresas portuguesas serão a capitalização e a cooperação.

Antes de Costa Silva falou o presidente da Confederação Empresarial de Portugal, António Saraiva, que aludiu à “brutal carga fiscal” que impende sobre as empresas e cidadãos e defendeu a necessidade de uma reforma que alivie aquela carga. No entanto, na sua intervenção, o ministro da Economia não se pronunciou sobre a questão fiscal.

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