IRS Jovem pode dar três salários extra em cinco anos. Estas são as simulações

As taxas de isenção no IRS Jovem foram aumentadas. Poupança nos cinco anos pode ultrapassar os 4.000 euros, segundo as simulações da EY.

O Governo voltou a alargar o IRS Jovem, desta vez mexendo nas taxas de isenção, depois de no Orçamento de Estado de 2022 ter mudado as idades abrangidas e o tempo de aplicação. Com as novas regras, este regime pode dar cerca de três salários extra ao final dos cinco anos, de acordo com as simulações elaboradas pela EY para o ECO.

Este regime vai passar a prever uma isenção de imposto para os jovens abrangidos de 50% no primeiro ano, 40% no segundo ano, 30% no terceiro e no quarto ano e de 20% no último ano, com os limites de 12,5 vezes o valor do IAS, 10 vezes o valor do IAS, 7,5 vezes o valor do IAS e 5 vezes o valor do IAS, respetivamente, segundo se lê na proposta de Orçamento do Estado para 2023.

O maior benefício será para os jovens que recebem 950 euros por mês (por 14 meses), que de acordo com os cálculos da EY (considerando um indivíduo solteiro, sem dependentes a seu cargo e sem deduções à coleta e/ou outras despesas dedutíveis em sede de IRS), têm uma poupança total face ao período sem aplicação do IRS Jovem de 3.196,90 euros, ou seja, mais de três salários mensais.

aqueles que recebem mil euros mensais (ou 14 mil euros brutos por ano) terão uma poupança de 3.272,97 euros no total, assumindo que o indivíduo cumprirá com todas as condições para uma aplicação plena do regime IRS Jovem durante os cinco anos de gozo do regime.

Olhando para um contribuinte que recebe 1.250 euros mensais, o benefício no primeiro ano de aplicação chega a ser superior a mil euros. O montante vai caindo ao longo dos anos, já que as taxas de isenção vão decrescendo, mas o bolo final acaba por dar uma poupança de 3.710,51 euros, o que corresponde a quase três salários.

Passando para um jovem que ganha 1.500 euros por mês, a poupança total nos cinco anos chega a ultrapassar os quatro mil euros: é de 4.080,47 euros, de acordo com as simulações elaboradas pela EY, tendo em conta a aplicação das taxas progressivas de IRS para o continente e escalões de rendimento previstas na Proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2023 e anos seguintes, bem como o valor do Indexante de Apoios Sociais previsto para 2023 (478,70 euros).

Já um contribuinte abrangido pelo IRS Jovem que receba 24.500 euros anuais (1.750 euros por mês) pode ter um benefício total 4.375,2 euros, se estiver sempre elegível para este regime durante todo o tempo de aplicação.

Finalmente, as simulações para um salário de dois mil euros por mês mostram que se chega a ter uma poupança de 4.760,54 euros nos cinco anos de aplicação do IRS Jovem, o que corresponde a mais de dois salários extra no final do período.

Estão abrangidos neste regime os jovens entre os 18 e os 26 anos que não sejam considerado dependentes. Estes “ficam parcialmente isentos de IRS, nos cinco primeiros anos de obtenção de rendimentos do trabalho após o ano da conclusão de ciclo de estudos igual ou superior ao nível 4 do Quadro Nacional de Qualificações”, como explica a lei. A idade é estendida até aos 30 anos, inclusive, se estiver em causa um doutoramento.

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