Vai nascer um “bairro alfacinha” de 300 milhões no Campo Grande
Campo Novo é o novo empreendimento da Norfin em Lisboa. Investimento de 300 milhões conta com três condomínios residenciais e quatro edifícios de escritórios unidos por uma zona de comércio.
Vai nascer na área do Campo Grande “um novo conceito de bairro alfacinha”. O Campo Novo é o mais recente empreendimento da Norfin, em Lisboa, e representa um investimento de 300 milhões de euros. O conceito promete não só fomentar como também ligar a “tradicionalidade dos bairros lisboetas” com a “modernidade da cidade contemporânea”, explica a gestora de investimentos.
Com um total de 80.000 m2 de construção acima do solo, o projeto irá contar com três condomínios residenciais (30.300 m2) e quatro edifícios de escritórios (37.600 m2), interligados por uma zona de comércio (12.100 m2). Além destes espaços, o Campo Novo vai ainda contemplar uma área de jardins com 20.000 m2 e mais de 2.200 lugares de estacionamento.
O investimento será maioritariamente assegurado pelo fundo norte-americano King Street Capital Management, que detém o terreno juntamente com o Grupo Arrow Global, dono da Norfin. Francisco Sottomayor, CEO da Norfin, descreve o projeto como um “polo residencial, empresarial e comercial” histórico, nomeadamente pela sua dimensão e pelo novo conceito que acarreta.
A área residencial será composta por três condomínios com 245 apartamentos entre T1 e T4, com jardins privativos, piscina, rooftop, salas de co-work, kids’ club, ginásio e acesso direto à zona comercial; os preços de venda arrancam nos 380 mil euros. Os moradores poderão contar ainda com o acesso a lugares para carregamento de veículos elétricos e estacionamento para bicicletas com acesso à ciclovia.
No entanto, Miguel Saraiva, diretor executivo, fundador e arquiteto da Saraiva & Associados – a empresa responsável pelo projeto da área residencial -, garante que não será feita uma “rutura com os bairros existentes”. O responsável remata que o projeto irá avançar antes com um novo bairro contemporâneo “onde se pode viver com uma grande qualidade de vida”.
Já a área empresarial prevê quatro edifícios com certificação Leed Gold – que reconhece edifícios de design sustentável -, sendo que cada um dispõe de rooftop com 450 m2. O objetivo desta área passa por atrair empresas em busca de “escritórios vanguardistas, com fortes preocupações de sustentabilidade, com luz natural e com uma oferta completa de serviços”, avança a Norfin em comunicado.
Os escritórios serão projetados pela Reify, detida pela Sonae Sierra, contando com mais de 30 anos de experiência na criação e gestão de espaços urbanos. Para Jorge Morgadinho, diretor executivo da Reify, os escritórios do Campo Novo “oferecem um conceito de espaços flexíveis respondendo às necessidades de trabalho de hoje”. Por este motivo, o diretor executivo considera que estes espaços são o “convite perfeito” para empresas e pessoas que procurem uma nova centralidade.
A zona comercial, por sua vez, irá unir a área residencial e empresarial com 18 lojas, 15 restaurantes, sete quiosques e um supermercado. Esta área será gerida pela Sonae Sierra e o conceito visa conjugar “a qualidade, a proximidade do comércio tradicional e a conveniência do retalho moderno”, acrescenta a mesma nota.
Cristina Santos, diretora executiva da área de Property Management da Sierra, refere ser um motivo de orgulho para a empresa poder contribuir para a “regeneração urbana desta zona emblemática da capital, em linha com a sua nova estratégia de negócio”. Neste sentido, a diretora executiva assegura que a Sierra irá garantir uma oferta comercial de proximidade e complementar entre si, respondendo às necessidades das comunidades locais.
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