Ataques russos contra Kiev atingem instalações elétricas

  • ECO e Lusa
  • 18 Outubro 2022

O país esteve em estado de alerta aéreo geral no início da manhã. autoridade de energia atómica ucraniana Energoatom acusou a Rússia de ter raptado dois funcionários da central de Zaporijia.

Instalações elétricas em Kiev foram atingidas esta terça-feira por três ataques russos, um dia depois da cidade ter sido atacada por “drones”, disse o gabinete da presidência da Ucrânia.

“De acordo com as primeiras informações, foram lançados três ataques contra instalações elétricas” na zona oriental da cidade de Kiev, indicou Kyrylo Tymochenko, conselheiro do Chefe de Estado da Ucrânia sem fornecer mais detalhes.

Ataques russos, com o uso de “drones suicidas”, (aeronaves não tripuladas) de fabrico iraniano mataram pelo menos oito pessoas, incluindo quatro em Kiev na segunda-feira, e atingiram instalações de energia em várias regiões do país.

O país esteve em estado de alerta aéreo geral, de acordo com o mapa publicado diariamente pelas autoridades ucranianas. No arranque do dia ouviram-se explosões em Mykolaïv, no sul, e em Kryvyi Rih, a cidade natal de Volodymyr Zelensky no sudeste do país. Também houve relatos de explosões em Kharkiv. Às 9h00 de Lsiboa apenas a região de Luhanks continuava em alerta.

Por outro lado, a autoridade de energia atómica ucraniana Energoatom acusou a Rússia de ter raptado dois funcionários da central de Zaporijia, a maior central nuclear da Europa, que está sob controlo russo desde 4 de março. As forças russas “raptaram” o diretor de informática da central, Oleg Kostioukov, e o vice-diretor geral Oleg Ocheka, e “levaram-nos para um destino desconhecido”, disse a Energoatom, num comunicado divulgado nas redes sociais.

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, assegurou que a Rússia e a Ucrânia estão “manifestamente” dispostas a aceitar a criação de uma zona de proteção em torno da central nuclear. A zona poderia garantir que a maior central nuclear da Europa deixe de estar “numa situação tão precária”, disse Grossi, numa entrevista ao jornal argentino La Nación.

Na segunda-feira, Zaporijia ficou novamente sem energia elétrica da rede externa, dependendo de geradores a diesel para o arrefecimento dos reatores, com Ucrânia e Rússia a acusarem-se mutuamente de responsabilidade pela situação. A Energoatom disse que a central foi desligada da rede elétrica durante a madrugada, devido a bombardeamentos russos de uma subestação.

 

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