Bankinter vê “grande futuro” em Portugal sem aquisições

Resultado do Bankinter em Portugal cresceu 33% até setembro. CEO María Dolores Dancausa salienta consistência da sucursal portuguesa e antecipa "grande futuro", mas sem aquisições pelo meio.

“Temos aí um grande futuro”, respondeu a presidente executiva do espanhol Bankinter em relação ao negócio em Portugal. “Estamos a crescer em todas as linhas de receitas. São muito consistentes e cumpridores dos planos que apresentam”, acrescentou María Dolores Dancausa, depois de questionada pelo ECO sobre as perspetivas para a operação portuguesa na conferência de apresentação dos resultados dos nove primeiros meses do ano.

Não é a primeira vez que Dancausa elogia o desempenho do banco liderado por Alberto Ramos, que chegou a setembro com um resultado antes de impostos de 54 milhões de euros, uma subida de 33% em relação ao mesmo período do ano passado. Portugal representa cerca 8% dos resultados do grupo espanhol de 430 milhões de euros.

A líder registou o crescimento “raro” que o Bankinter está a ter em Portugal, razão pela qual — depois de nova pergunta sobre se está a olhar para aquisições no país, depois de ter ficado com o negócio do Barclays em 2016 — volta a dizer que “não está a olhar para nenhuma operação” para comprar. “Acreditamos que já estamos a crescer organicamente a níveis satisfatórios e que temos potencial para continuar assim”, disse.

A margem financeira do Bankinter Portugal aumentou 21% para 88 milhões de euros e as comissões líquidas subiram 10% para 48 milhões. A margem bruta cresceu 16% para 133 milhões, acima do aumento dos gastos, que foi de 5% para 67 milhões.

Este foi o resultado com base num balanço a setembro de 2022 constituído por 7,7 mil milhões de euros de crédito (mais 13% em termos anuais) e 6,3 mil milhões de recursos de clientes e 3,8 mil milhões de fundos de fora de balanço, de acordo com o banco.

Dancausa elogiou ainda o “comportamento absolutamente magnífico” na melhoria da eficiência do banco luso desde que ficou com o antigo negócio do banco britânico no país há seis anos, com o rácio cost-to-income a baixar de 100% para 50% neste período. Em termos de qualidade do balanço, o Bankinter Portugal tem apenas 110 milhões de euros de crédito em situação problemática.

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