Snap cai 25% com previsão de receitas nulas este trimestre

  • ECO
  • 21 Outubro 2022

A empresa detentora do popular aplicativo Snapchat prevê receitas nulas no último trimestre do ano, provocando uma onda vermelha entre as empresas detentoras de redes sociais.

Os resultados do último trimestre da Snap, empresa dona da popular app de mensagens multimédia Snapchat, revelaram o mais lento crescimento de receitas da empresa desde que passou a cotar em bolsa em março de 2017. Mas essas nem foram as piores notícias.

Na apresentação dos resultados da empresa, que teve lugar esta quinta-feira, a Snap anunciou que o último trimestre do ano, tradicionalmente assinalado por um aumento das receitas em resultado da época natalícia, será marcado por um crescimento nulo das receitas da empresa.

Este anúncio fez soar os alarmes em Wall Street ao mostrar que as pressões inflacionistas e a guerra na Europa poderão infligir severos danos nas restantes empresas tecnológicas cujo negócio está dependente do mercado publicitário como o Snapchat.

O resultado imediato desta situação reflete-se esta sexta-feira numa desvalorização superior a 25% dos títulos da Snap antes da abertura das bolsas americanas e numa onda vermelha marcada por desvalorizações entre 2% e 9,5% das ações da Alphabet (empresa dona do YouTube e da Google), Meta (dona do Facebook), Pinterest e Twitter.

“Acreditamos que o Snap está a enfrentar uma concorrência crescente, principalmente da TikTok, tanto pelo tempo gasto dos utilizadores como, cada vez mais, pelos dólares publicitários”, referiu a Atlantic Equities numa nota enviada hoje aos seus clientes citada pela Reuters.

Em agosto, a Snap já tinha anunciado que iria despedir 20% dos seus funcionários e que iria descontinuar vários projetos, como por exemplo a construção de uma máquina fotográfica voadora, para cortar custos e preparar-se para um período de deterioração a economia.

Este ano, a Snap contabiliza uma desvalorização de 77% enquanto a Alphabet, a Meta e a Pinterest acumulam perdas entre 30% e 60%. O Twitter, pelo contrário, valoriza este ano mais de 20%, muito por conta da proposta de compra da rede social pelo multimilionário Elon Musk.

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