Ucrânia limita consumo de eletricidade e pede ajuda a Israel para prevenir ataques com drones

EUA acusam o Irão e a Rússia de cooperarem em ataques contra infraestrutura ucraniana. Em resposta, Kiev pede ajuda a Israel no desenvolvimento de um sistema de alerta de mísseis.

A elétrica estatal ucraniana Ukrenergo limitou o fornecimento de energia em quatro regiões no centro, norte e na capital, Kiev, devido a um aumento no consumo, avançou esta sexta-feira a Bloomberg.

Os limites ao consumo elétrico foram impostos de forma a não sobrecarregar a rede, bem como para garantir tempo para a reparação dos equipamentos danificados, esclareceu a empresa em comunicado. Ataques levados a cabo pela Rússia com mísseis e drones iranianos danificaram a infraestrutura elétrica ucraniana na passada quinta-feira, forçando a Ukrenergo a precaver-se para apagões.

Já o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, admitiu ter conversado com o primeiro-ministro israelita, Yair Lapid, sobre a possibilidade de aquele país fornecer um sistema de alerta de mísseis. O pedido de Kiev surge após ataques russos com recurso a drones iranianos. Lapid deixou claro que o país não irá fornecer armas à Ucrânia, embora tenha expressado “profunda preocupação” com os laços militares entre o Irão e a Rússia.

Os Estados Unidos alegam que técnicos militares iranianos estão na região da Crimeia a apoiar as forças russas na operação dos drones. O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, defendeu que “militares russos na Crimeia estão a pilotar drones não tripulados iranianos” para realizar ataques por toda a Ucrânia, citou a Reuters.

Segundo Price, os EUA têm “informações de confiança”, embora não tenham sido fornecidas provas. Após estas acusações, o Irão aconselhou os seus cidadãos a não visitar a Ucrânia, e instou os iranianos naquele país a abandonarem a região, segundo a agência.

Sem mencionar as acusações americanas, o ministério iraniano dos Negócios Estrangeiros justificou a recomendação com base no agravamento da atividade militar na Ucrânia. Em reação, os EUA já se mostraram preocupados com a possibilidade de a Rússia adquirir armas avançadas iranianas, como mísseis terra-terra, alertou o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby.

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