Certificados atraíram em média 20,4 milhões por dia entre janeiro e setembro
No total foram efetuadas subscrições no montante de 3.847,4 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2022.
O valor investido em certificados de aforro e do tesouro, nos primeiros nove meses deste ano, ascendeu em média a 20,4 milhões de euros por dia, com a procura a registar um aumento significativo nas últimas semanas.
Estes dados referidos à Lusa por fonte oficial dos CTT indicam que o valor médio diário de 20,4 milhões de euros de subscrições de certificados de aforro (CA) e de certificados do tesouro (CT) observados nos três trimestres deste ano comparam com a média diária de 18,7 milhões de euros registados no período homólogo de 2021.
No total foram efetuadas subscrições no montante de 3.847,4 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2022, referiu a mesma fonte, reportando-se aos dados divulgados na apresentação de resultados ao mercado.
Estes mesmos dados indicam que “o terceiro trimestre de 2022 beneficiou de um aumento das subscrições dos títulos da dívida pública, 71,1% acima do segundo trimestre de 2022 e 40,5% acima do terceiro trimestre de 2021”, sendo que “este crescimento foi suportado fundamentalmente nos certificados de aforro pelo facto da sua atratividade ter vindo a aumentar desde o início do ano, fruto de uma nova conjuntura de taxas de juro que posiciona melhor a dívida pública enquanto alternativa de investimento”.
A taxa de juro da série de certificados de aforro (CA) atualmente em comercialização (a série E) é determinada mensalmente (no antepenúltimo dia do mês, para vigorar no seguinte), tendo em conta uma fórmula que contempla um prémio de permanência e a média dos valores da Euribor a três meses observados nos 10 ias úteis anteriores.
As regras limitam o prémio de permanência a um máximo de 1% (valor atribuído a partir do 6.º ano da subscrição e até ao fim do prazo), definindo ainda que da fórmula não pode resultar uma taxa base superior a 3,5%. A subida que a Euribor a três meses tem vido a registar nos últimos meses, tem aumentado a remuneração dos CA e captado a atenção dos aforradores na comparação com a taxa de juro oferecida pelos tradicionais depósitos bancários.
Em resposta à Lusa, a mesma fonte oficial dos CTT referiu que de uma forma geral as contas de certificado “são abertas no próprio dia”, desde que o cliente seja portador de todos os elementos exigidos pelo IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública.
Porém, e face “ao significativo aumento da procura nas últimas semanas têm ocorrido casos, em algumas lojas, em que a abertura demora cerca de 24 horas”. A taxa de juro bruta para as novas subscrições e capitalizações de CA em novembro foi fixada em 2,492%, cerca de um ponto percetual acima da que foi fixada para setembro, o que justificará a subida da procura sentida em algumas estações dos correios e potenciar os aumentos registados até ao final do terceiro trimestre.
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