Resultados da banca portuguesa melhoram, mas inflação traz riscos, alerta DBRS
A DBRS alerta para o impacto da inflação e dos preços da energia, a médio prazo, na qualidade dos ativos dos bancos.
O crescimento da receita e menores provisões sustentaram os resultados da banca portuguesa nos primeiros nove meses do ano, nota a DBRS. No entanto, a agência de notação financeira alerta que há riscos na qualidade dos ativos a médio prazo, que se prendem com a inflação e os altos custos de energia.
Num relatório que analisa a Caixa Geral de Depósitos, BCP, Novobanco, Montepio, BPI e Santander Totta, a DBRS começa por apontar que o resultado líquido total dos maiores bancos portugueses “quase duplicou face ao mesmo período em 2021, principalmente devido a maiores receitas e menores provisionamentos e imparidades cobranças”.
Os lucros totais até setembro foram de 1.913 milhões de euros, acima dos 1.043 milhões no mesmo período de 2021. “A maioria dos bancos ultrapassou os níveis de lucro pré-pandemia, beneficiando de um significativo aumento da margem financeira e das comissões, fruto de um ambiente de taxas mais favorável e recuperação sustentada da economia pós-pandemia, em particular nos setores orientados para exportações e no turismo”, salienta a agência de rating.
No entanto, os resultados de alguns bancos “continuaram a refletir o impacto das medidas de reestruturação, como simplificação corporativa, alienação de ativos não essenciais, bem como mudanças regulatórias recentes”.
A DBRS nota que a “qualidade dos ativos permaneceu resiliente apesar do ambiente mais desafiador”. Contudo, alerta que “a pressão inflacionista persistente e os altos custos de energia adicionará stress aos devedores e aumentará os riscos de qualidade de ativos no médio prazo”.
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