Marcelo deixa recado às empresas: “Não é o Estado que cria riqueza”

Presidente da República lembra que "longe vão os tempos em que se achava que o Estado é que criava riqueza". Diz que pandemia e guerra reduziram dependência das empresas.

O Presidente da República enalteceu esta sexta-feira o papel de destaque que Portugal tem no turismo, papel esse que foi reforçado com a resposta do país à pandemia e mesmo com a guerra na Ucrânia. Marcelo lembra como a Covid e a guerra reduziram a dependência das empresas para com o Estado e que “longe vão os tempos em que se achava que o Estado é que criava riqueza”.

“Portugal é o destino que é porque tem uma marca fortíssima. Portugal é turismo”, começou por dizer o Chefe de Estado, no encerramento do 33.º Congresso da Hotelaria e Turismo, em Fátima. “Fomos vistos no mundo como tendo gerido bem a pandemia e, mesmo em momentos em que pareceu que não estava a correr tão bem quanto isso, o balanço final foi-nos favorável”, continuou.

“Termos sido os primeiros a desconfinar de forma consistente foi importante para a credibilidade do turismo”, apontou Marcelo, acrescentando que Portugal acabou também por beneficiar da guerra na Ucrânia. “Beneficiámos com a guerra. Pode parecer chocante, ninguém beneficia, é um drama, é uma tragédia. Mas beneficiámos, como beneficiámos na Segunda Guerra Mundial, num período de incerteza, instabilidade e insegurança”, explicou.

Assim, o Presidente da República afirmou que o que Portugal passou com a pandemia e com o que está a passar com a guerra na Ucrânia “levou a que, finalmente, o tecido empresarial, de forma esmagadora, deixasse de depender tanto dos poderes públicos”. E foi neste sentido que referiu: “É verdade que chegaram os apoios, mas se estivessem à espera até ao fim de uma parte dos apoios, tinham perdido uma parte de sobrevivência“.

“Longe vão os tempos em que se achava que o Estado é que criava riqueza”, sublinhou, apontando para a capacidade de sobrevivência do tecido empresarial nacional.

Assim, olhando para o futuro do turismo nacional, Marcelo diz estar “mais otimista”, “apesar dos problemas de contexto” que o mundo atravessa. Isto porque as empresas passaram por um “duplo teste” — a pandemia e a guerra. “Quando disserem que turismo é importante, mas que não é assim tão importante, lembrem que em 2022 ficou claro que foi pelo turismo que começou” a recuperação, rematou.

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