Retalho alimentar com “forte dinamismo económico”. Emprego no setor cresceu 20% numa década
Na última década, o volume de negócios do retalho alimentar cresceu 29,8% e o emprego 20%. Em 2021, 84,9 mil portugueses trabalhavam na área.
Na década até 2021, o volume de negócios do retalho alimentar cresceu 29,8% e o emprego no setor aumentou 20%, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os dados adiantam que, na última década, o número de estabelecimentos, de funcionários e o volume de negócios no retalho alimentar nunca registaram valores tão altos como em 2021. Apenas o número de transações se mantém abaixo dos valores registados em 2019, por causa do impacto da pandemia.
Entre 2011 e 2021 “as unidades de retalho alimentar apresentaram um forte dinamismo económico”, lê-se no relatório. Só no último ano, em 2021, eram 84,9 mil os trabalhadores empregados em unidades de retalho alimentar, um número que representa um aumento de 2,6% face a 2020.
No que toca às vendas, no último ano ultrapassaram os 14,1 mil milhões de euros (um aumento de 3,1%), tendo-se registado um aumento das transações de 2020 para 2021. No entanto, em 2019, este número apresentava valores maiores.
O panorama melhorou em 2021, mas foi em 2020 que se verificou a maior quebra nas transações, adianta o INE, já que os valores se aproximaram dos registados em 2011. De acordo com o instituto, isto terá sido influenciado pelas restrições implementadas a propósito da Covid-19.
Apesar do aumento nas transações, o valor médio gasto em cada uma delas diminuiu cerca de 50 cêntimos face a 2020, fixando-se nos 19,3 euros em 2021.
Estabelecimentos de retalho não alimentar diminuem
À semelhança do comércio alimentar, também o comércio não alimentar apresentou um “forte dinamismo económico”, refere o INE.
Só em 2021, registou-se um aumento no volume de negócios dos estabelecimentos, no número de transações realizadas e no número de portugueses empregados nestes locais. Só o número de estabelecimentos diminuiu 0,8%, mas manteve-se acima dos valores registados em 2019.
De acordo com os dados do INE, na última década o destaque vai para 2019, ano em que se registou o maior número de transações, funcionários e volume de negócios.
Neste tipo de retalho, os produtos mais vendidos em 2021 foram vestuário e acessórios (20.6%); computadores, aparelhos de telecomunicações e fotografia (15,2%) e mobiliário, iluminação e têxteis (11,2%).
Na última década houve ainda um aumento das vendas de produtos de marca própria. No entanto – causado pela situação pandémica mundial – em 2020 registou-se uma quebra que, apesar de recuperada em 2021, ainda apresentou valores abaixo dos registados em 2019.
De acordo com o INE, os dados de 2021 revelam uma “contração da atividade no retalho não alimentar, que não foi ainda compensada pelos resultados obtidos em 2021”, por oposição a uma tendência de expansão do retalho alimentar. O destaque vai mesmo para o retalho alimentar, já que, globalmente, as grandes superfícies comerciais empregaram mais de dois terços do total do pessoal no retalho alimentar e representaram 70,9% das vendas de mercadorias.
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