Bidluck vai contestar exclusão do concurso para concessão dos casinos do Estoril e de Lisboa

  • Joana Abrantes Gomes
  • 7 Dezembro 2022

A Bidluck considera que as regras do concurso são "claramente desproporcionadas em favor da Estoril-Sol", grupo ao qual foi atribuída a concessão dos casinos do Estoril e de Lisboa.

A Bidluck vai contestar a decisão do júri do concurso público internacional para a atribuição da concessão dos casinos do Estoril e de Lisboa, que voltou a confirmar a exclusão da empresa sediada em Leiria, agora devido à “alegada inviabilidade” do terreno por esta proposto para a construção de um novo casino na capital portuguesa.

Em comunicado, a empresa administrada por Jorge Manuel Galvão Miguel refere que o júri do concurso alega “que o terreno apresentado pela Bidluck SA não tem condições para edificar um casino com as características e valências rigorosamente idênticas às do atual edifício do casino de Lisboa“.

Essa exigência, no entender da Bidluck, “configura o caso de um concurso cujas regras são claramente desproporcionadas em favor da Estoril-Sol“, grupo controlado pelos descendentes de Stanley Ho ao qual foi entregue a concessão da Zona de Jogo do Estoril – que engloba os casinos do Estoril e de Lisboa.

Recordando que o único critério de adjudicação “era a melhor proposta financeira para o Estado” e que a sua, de 86 milhões de euros ao ano (entre valores fixo e variável), “significaria um encaixe para os cofres públicos superior em 300 milhões de euros ao valor apresentado pela Estoril-Sol”, ao longo dos 15 anos da concessão, a Bidluck reitera, no comunicado, “a sua intenção de contestar judicialmente, até às últimas consequências, a exclusão da melhor proposta financeira para o Estado”.

Por se tratar de uma nova causa de exclusão, a Bidluck SA tem agora cinco dias úteis para contestar a decisão do júri.

O grupo Estoril-Sol foi notificado pelo júri do concurso no dia 26 de outubro, através de um relatório preliminar de análise das propostas que tinham sido apresentadas. As concessões das salas de jogo do Estoril e de Lisboa, bem como as da Figueira da Foz, deviam ter terminado no final de 2020, mas devido à pandemia de Covid-19 foram prolongados por dois anos.

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