Setor seguros espanhol entre os mais rentáveis do mundo
A S&P Global Ratings concluiu que o setor de seguros espanhol continua forte e é um dos mercados seguradores mais rentáveis do mundo.
De acordo com a americana S&P Global Ratings, o setor dos seguros espanhol continua forte e é um dos mercados mais lucrativos do mundo, anuncia a publicação News Assurances Pro.
O setor não-vida apresenta um rácio combinado de 93% em média, ao longo de 10 anos, enquanto o setor vida apresenta um rendimento de ativos na ordem de 0,9%, em média, ao longo de 5 anos.
No setor vida, denota-se a influência da entidade reguladora – a Dirección General de Seguros y Fondos de Pensiones (DGSFP) – que impõe uma prática de harmonização da duração dos ativos e passivos, tornando o mercado espanhol de seguros de vida mais resistente às variações das taxas de juro do que outros mercados europeus. Juntamente com a existência de barreiras à entrada, novas seguradoras são desencorajadas de apostar neste mercado concentrado, apoiando assim a rentabilidade das companhias estabelecidas.
O setor não-vida espanhol é um dos mais rentáveis da Europa. A experiência com sinistros demonstra pouca volatilidade e esta estabilidade deve-se em parte a dois fatores: primeiro, o Insurance Compensation Consortium – uma entidade pública cuja intervenção ajuda a mitigar os picos de sinistros resultantes de acontecimentos extraordinários; e, segundo, Baremo, um sistema que regula a regularização de sinistros por danos corporais resultantes de acidentes rodoviários.
Mas a análise da S&P informa que existem fatores que podem limitar a rentabilidade do setor de seguros espanhol. Nos seguros de vida, as vendas de produtos ligados a unidades estão a demonstrar sinais de fraqueza, especialmente em comparação com a atratividade dos produtos de poupança dos bancos. Além disso, o mercado vida é muito dependente do bancassurance, que foi fortemente afetado pelas medidas de contenção de 2020.
Para os seguros não-vida, o ambiente inflacionário e o aumento do rácio de perdas causado pela abertura das fronteiras desde a crise pandémica pode ter impacto na rentabilidade do setor. De acordo com a análise da S&P, também se observa uma deterioração no rácio combinado do negócio da saúde devido a pressões inflacionistas.
No geral, considera-se que o setor é pouco sensível aos riscos do país. Como resultado de boa governação e a um regulador eficiente, o setor espanhol apresenta um rácio de Solvência II de 240%, no final de 2021.
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