Menos de 20% contrataram seguro de crédito

  • ECO Seguros
  • 14 Dezembro 2022

Embora 80% tenham vendas a crédito, para 20% das PMEs, o seguro de crédito não é prioridade. Portugueses utilizam outras entidades e ferramentas, especialmente internas, para diminuir riscos.

Ainda que a maioria das mais de 521 empresas que responderam ao Observatório COSEC de Risco Empresarial realizem vendas a crédito, menos de 20% assume ter contratualizado seguro de crédito. As empresas apontam dois motivos: utilizam outras entidades e ferramentas para diminuir riscos e o seguro de crédito não é uma prioridade para a empresa. Para a maioria, as medidas de controlo do risco de crédito são levadas a cabo através de análises dos respetivos departamentos financeiros, o que pode significar que optam por não vender para geografias em que o risco é mais elevado.

“Não é de estranhar que a maioria das empresas inquiridas se mostre moderadamente otimista ou moderadamente pessimista quanto às perspetivas para o seu negócio em 2023”, afirma Vassili Christidis, CEO da COSEC.

Os principais destinos das exportações portuguesas, de acordo com o Observatório COSEC, mantêm-se sobretudo dentro da União Europeia, destacando-se os mercados espanhol, francês, alemão e britânico. O mercado norte-americano é, igualmente, relevante para as empresas portuguesas que vendem para o estrangeiro.

Numa época de elevados preços de energia e da guerra na Ucrânia, a maioria das empresas estima manter o seu nível de faturação nos próximos seis meses. De um universo de 521 PMEs, 79% responderam que realizam vendas a crédito, sendo que a maioria – 64% – reconhece que a evolução do prazo médio de pagamento manteve-se, nos últimos seis meses. Para 29% das PME, contudo, o prazo médio aumentou e, somente para 7%, é que diminuiu.

Apesar de mais de 90% das empresas considere que os prazos de pagamento se mantêm ou aumentaram, 66% das companhias inquiridas assegura também que não sofreu qualquer falha de pagamento nos últimos seis meses.

Numa conjuntura económica envolta em alguma incerteza, as empresas mostram-se moderadamente otimistas quanto à evolução da sua faturação nos próximos seis meses. Entre as PME que responderam ao inquérito, 48,5% considera que a sua faturação vai manter-se e quase 32% das inquiridas defende que deverá aumentar até 25% no próximo meio ano. Apenas 5% estima uma subida superior a 25% da sua faturação. Do lado oposto, quase 13% vê a sua faturação a cair até 25%.

“O clima económico em Portugal, e no resto da Zona Euro, é de alguma incerteza. A elevada taxa de inflação que assola o Velho Continente e as subidas das taxas de juro são alguns dos focos de incerteza e de preocupação para as empresas. Não é assim de estranhar que a maioria das empresas inquiridas se mostre moderadamente otimista ou moderadamente pessimista quanto às perspetivas para o seu negócio em 2023”, afirma Vassili Christidis, CEO da COSEC.

Os dados que constam do Observatório COSEC de Risco Empresarial foram obtidos através de um inquérito online, divulgado junto das 7 875 empresas distinguidas pelo IAPMEI e pelo Turismo de Portugal com o estatuto de PME Líder 2021, que atuam em Portugal continental e regiões autónomas. O inquérito foi realizado entre os dias 10 de outubro e 1 de novembro. A amostra do estudo, realizado pela COSEC, é constituída por 521 empresas.

A COSEC é especializada no ramo do seguro de créditos, oferecendo soluções para apoio à gestão e controlo de créditos, bem como garantias de seguro caução. É uma empresa de capitais privados, repartidos equitativamente pelo Banco BPI, o quarto maior Banco Português, e pela Allianz Trade, líder mundial em seguro de créditos.

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