“Única certeza na TAP é que vamos perder dinheiro”, diz Cotrim de Figueiredo

  • Lusa
  • 2 Outubro 2022

O presidente da Iniciativa Liberal (IL) afirmou este domingo que a única certeza quanto à TAP é a de que haverá perda de dinheiro dos contribuintes em todo o processo.

“Em dois anos e pouco, passa-se da certeza de que aquilo [nacionalização] é a decisão certa para a única certeza é a de que vamos perder dinheiro e a continuar a não ter um serviço de qualidade”, afirmou João Cotrim de Figueiredo, que discursava no final do “Just X’IL” – Encontro Nacional da Juventude da Iniciativa Liberal, que decorreu na Nazaré.

O líder da IL comentava as declarações do primeiro-ministro, que disse, na quinta-feira, esperar que a privatização da TAP ocorra nos próximos doze meses.

A tal TAP que nunca era para ser privatizada e agora já vai ser privatizada e depressa e, claro, talvez se perca dinheiro. O primeiro-ministro espera que nós, mas todos nós temos a certeza que sim”, apontou Cotrim de Figueiredo.

O responsável chamou à IL o papel principal de crítica ao processo de nacionalização da TAP e de ajuda no contexto da pandemia.

"Em dois anos e pouco, passa-se da certeza de que aquilo [nacionalização] é a decisão certa para a única certeza é a de que vamos perder dinheiro e a continuar a não ter um serviço de qualidade.”

Cotrim de Figueiredo

Presidente da Iniciativa Liberal

“Sem nós, ainda hoje se achava normal ter-se enterrado 3.200 milhões de euros dos portugueses na TAP”, referiu, considerando que as decisões não foram tomadas no interesse da defesa do dinheiro dos contribuintes e na “defesa daqueles que mais têm a ver com a prestação de serviços na aviação comercial”.

Durante a primeira parte da sua intervenção perante uma plateia de jovens militantes do partido, Cotrim de Figueiredo criticou ainda o PS por não saber “gerir a coisa pública e os serviços públicos”, protestou contra o “bipartidarismo” em Portugal e falou ainda da ‘irritação’ que a IL provoca a António Costa.

“O primeiro-ministro perde as estribeiras, perde as maneiras quando fala com a Iniciativa Liberal. Estamos a mexer onde dói”, notou.

Posteriormente, Cotrim de Figueiredo falou durante 20 minutos, num registo similar a uma “ted talk”, sobre a sua ideia de cultura política para o partido.

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PCP defende aumento do salário mínimo nacional para 850 euros em janeiro

  • Lusa
  • 2 Outubro 2022

Jerónimo de Sousa acusou o Governo de uma "grande operação ideológica" ao impedir um aumento dos salários para fazer face à inflação e defendeu subida do salário mínimo para 850 euros em janeiro.

O secretário-geral comunista acusou este domingo o Governo de uma “grande operação ideológica” para impedir um aumento dos salários que permita fazer face aos efeitos da inflação e defendeu a subida do salário mínimo para 850 euros em janeiro.

Discursando no Encontro de Quadros da Juventude Comunista Portuguesa, em Lisboa, Jerónimo de Sousa defendeu o “aumento geral dos salários e do aumento do salário mínimo nacional para 850 euros já em janeiro de 2023”.

“Falam do valor do salário mínimo para 2026, para não se comprometerem com o seu aumento significativo já em janeiro. Dizem que querem aumentar o salário médio, mas não eliminam as barreiras que o impedem, designadamente a caducidade da contratação coletiva”, criticou.

Depois de ouvir vários jovens falarem sobre as dificuldades que enfrentam atualmente na escola, no ensino superior ou no mercado de trabalho, o líder comunista falou numa “grande operação ideológica” nos últimos dias “para procurar justificar o injustificável”.

“O Governo, de conluio com o grande capital, quer fazer-nos aceitar que os trabalhadores têm mesmo que aguentar uma nova degradação das condições de vida”, afirmou Jerónimo de Sousa.

"Falam do valor do salário mínimo para 2026, para não se comprometerem com o seu aumento significativo já em janeiro. Dizem que querem aumentar o salário médio, mas não eliminam as barreiras que o impedem, designadamente a caducidade da contratação coletiva.”

Jerónimo de Sousa

Secretário-geral do PCP

O secretário-geral do PCP falou nas “dificuldades dos jovens trabalhadores que estão apertados entre a ausência de vínculo, por um lado, vivendo na permanente incerteza do dia de amanhã, se o contrato é renovado ou não, se o salário está ou não garantido, e, por outro lado, a persistência dos baixos salários que se confronta com o brutal aumento dos preços”.

E apontou que, “perante uma inflação que no final do ano se situará em cerca de 8%, o Governo e os patrões querem fazer crer, com o respaldo do comentário especializado, que não é possível um aumento de salários acima dos 4,8%”.

Na quarta-feira, o Governo propôs aos parceiros sociais uma valorização nominal das remunerações em 4,8% em média, em cada ano, entre 2023 e 2026, de forma a garantir nesse período um aumento médio acumulado de 20% dos salários dos trabalhadores.

“Dizem uns que a inflação é temporária e portanto para o ano já não se faz sentir, fingindo não saber que só este ano os trabalhadores já perderam um salário com o aumento dos preços e que isso sem o aumento dos salários não será revertido. Dizem outros que as empresas não aguentam, por causa dos custos da energia, dos combustíveis, das matérias-primas, tudo fazendo para que não se fale nos escandalosos lucros dos grandes grupos económicos que, em tempo de crise e dificuldades, aumentam vertiginosamente”, criticou Jerónimo de Sousa.

E criticou que se fale “em contrapartidas para o patronato aumentar salários”, questionando se um trabalhador “estar oito horas à frente de uma máquina, de um computador ou de um volante já não é suficiente para justificar o seu salário”.

O secretário-geral do PCP considerou igualmente que o Governo de querer “retomar todos os caminhos da política de direita, fazer comprimir ainda mais os salários, facilitar a exploração, abrir espaço para os negócios privados na saúde e na educação, condicionando ou justificando as suas opções com as orientações e imposições da União Europeia e do euro”.

E recusou “as desculpas do costume”, referindo que recentemente foi a pandemia de covid-19 e a guerra na Ucrânia, mas “já antes tinha sido a crise do capitalismo do tempo da ‘troika’ e tantas outras justificações”.

“Tudo serve para aplicar as velhas receitas, para nos pedirem que aceitemos as medidas para acentuar a exploração, para degradar os serviços públicos, limitar as liberdades democráticas e concentrar ainda mais a riqueza na mão de uns poucos”, considerou, salientando que “há outro caminho”.

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Mais de 90 mortos em protestos contra a morte de Masha Amini no Irão

  • Lusa
  • 2 Outubro 2022

A repressão dos protestos no Irão após a morte da jovem Masha Amini por uso incorreto do véu islâmico provocou 92 mortos, anunciou a organização não-governamental Iran Human Rights (IHR).

A repressão dos protestos no Irão após a morte da jovem Masha Amini por uso incorreto do véu islâmico provocou 92 mortos, anunciou a organização não-governamental Iran Human Rights (IHR).

A organização com sede na Noruega disse também que além dos protestos relacionados com Amini, as forças de segurança iranianas mataram 41 pessoas na sexta-feira, em Zahedan, uma cidade da província sudeste de Sistão-Baluchistão.

“Os assassinatos de manifestantes no Irão, particularmente em Zahedan, constituem um crime contra a humanidade”, disse o diretor da IHR, Mahmood Amiry-Moghaddam, citado pela agência francesa AFP.

“A comunidade internacional tem o dever de investigar e impedir a prática de mais crimes pela República Islâmica” do Irão, acrescentou.

O protesto em Zahedan foi desencadeado por acusações de que um chefe de polícia na cidade portuária de Chabahar, na mesma província, violou uma rapariga de 15 anos da minoria baluchi sunita, disse a ONG.

O Sistão-Baluchistão, que faz fronteira com o Paquistão, é uma das regiões mais pobres do Irão e lar da minoria baluchi, cujos membros aderem em maior número ao Islão sunita, em vez da religião xiita que domina a República Islâmica.

A identidade das pessoas mortas foi confirmada pela ONG regional Baluch Activists Campaign (BAC), disse o IHR.

Em duas semanas de protestos no Irão, foram mortas 133 pessoas, assinalou a organização com sede em Oslo.

O Irão foi abalado por uma vaga de protestos após a morte de Masha Amini, de 22 anos, em 16 de setembro, três dias após ter sido detida pela polícia moral por ter infringido o estrito código sobre o uso de vestuário feminino previsto nas leis da República islâmica, em particular o uso do véu. A sua família disse que Amini foi espancada até à morte durante a detenção.

A polícia disse que a jovem morreu de ataque cardíaco e negou ter exercido violência, enquanto autoridades oficiais anunciaram que o incidente estava sob investigação.

Os protestos estenderam-se já a mais de 80 cidades iranianas.

Mais de 1.400 pessoas foram detidas, incluindo figuras públicas como o antigo futebolista Hossein Mahini, a cantora Mona Borzoui e o cantor-compositor Shervin Hajipour pelo seu apoio aos protestos, segundo a agência espanhola EFE.

A morte da jovem motivou também manifestações de protesto em muitos países, incluindo Portugal.

O parlamento iraniano reuniu-se este domingo, numa sessão à porta fechada, para discutir a onda de protestos no país, noticiou a agência oficial Irna.

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Brasileiros fazem fila para votar em Lisboa na abertura das urnas

  • Lusa
  • 2 Outubro 2022

À hora de abertura das urnas, às 8h00, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, já uma longa fila se formava à porta, com as primeiras pessoas a chegar ao local pelas 5h00.

Os brasileiros residentes em Portugal que votam em Lisboa deslocaram-se em massa às urnas às primeiras horas da manhã, formando uma longa fila na Cidade Universitária, com esperança de evitar uma segunda volta das eleições presidenciais.

À hora de abertura das urnas, às 8h00, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, já uma longa fila se formava à porta, com as primeiras pessoas a chegar ao local pelas 5h00, segundo relataram à Lusa agentes da Polícia de Segurança Pública à porta da faculdade.

Para Marcelo Resende, que votou pela primeira vez em Portugal, a grande afluência de brasileiros às urnas em Lisboa foi “uma surpresa”. “Aqui a fila é bastante, mas não para, está sempre andando”, disse à Lusa o jovem, que votou “para mudar o curso do Brasil”.

“Que a democracia seja feita, que possamos mudar o curso do Brasil, que as coisas melhorem. […] Creio que este Presidente atual [Jair Bolsonaro] não fez o que era suposto ser feito para a população brasileira, creio que a mudança é o melhor para a gente ver como é que correm ou não as coisas”, defendeu Marcelo Resende à saída da faculdade depois de votar.

Quanto a uma eventual segunda volta das eleições, Marcelo Resende disse acreditar que “infelizmente” irá acontecer. “As pessoas estão bem divididas, então acho que vai ter segunda volta”, realçou.

Já Eduardo, que exibia uma t-shirt de apoio a Bolsonaro, espera que o país “não volte ao que tinha antes”.

“O partido que tinha antes foi muita corrupção, muita coisa que eles descobriram, então acho que é melhor continuar o que tem lá, por enquanto”, disse à lusa.

Também a votar pela primeira vez em Portugal, Eduardo disse estar “abismado” com a quantidade de brasileiros a acorrer às urnas logo pela manhã e, por isso, acredita que “não haverá” segunda volta.

Caio Arruda, mais um jovem brasileiro a votar pela primeira vez em Lisboa, considerou que a mudança de Presidente “é, sem sombra de dúvida” o melhor para o Brasil.

“Felizmente, a gente está com muita esperança para começar um novo ciclo no país e deixar toda esta bagunça para trás e, realmente, voltar a acreditar no nosso país e que, a partir de agora, a gente possa ter mais esperança para um Brasil melhor”, afirmou Caio Arruda, que estava acompanhado por uma jovem com uma T-shirt vermelha onde se lia “Lula livre”.

Caio Arruda destacou ainda a rapidez com que o processo de voto está a decorrer, tendo demorado “apenas uma hora”, apesar da longa fila, e disse esperar que não haja segunda volta.

Se houver, estarei aqui também, mas estou esperançoso para que no primeiro turno já esteja tudo resolvido”, afirmou.

Às presidenciais brasileiras concorrem 11 candidatos: Jair Bolsonaro, Luiz Inácio Lula da Silva, Ciro Gomes, Simone Tebet, Luís Felipe D’Ávila, Soraya Tronicke, Eymael, Padre Kelmon, Leonardo Pericles, Sofia Manzano e Vera Lúcia.

Caso nenhum dos candidatos obtenha a maioria de 50% mais um voto em 02 de outubro, a segunda volta realiza-se com os dois mais votados no dia 30.

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Bernardo Alpalhão é o novo Diretor Global de Linhas Financeiras da Hispania

  • ECO Seguros
  • 2 Outubro 2022

Depois de 9 anos na Tokio Marine em Barcelona, o gestor muda-se para Madrid e para a Hispania, agência de subscrição do grupo Concentra que em Portugal conta com a corretora Melior.

Bernardo Alpalhão vai ser o novo Diretor Global de Linhas Financeiras e membro do Comité Executivo da Hispania, agência de subscrição e corretora de seguros e resseguros internacional focada no mercado wholesale, e que é parte do grupo espanhol Concentra. Segundo a empresa, o principal objetivo é impulsionar o negócio de linhas financeiras e consolidar a equipa de subscrição existente na Hispania.

Bernardo Alpalhão quer “elevar o nível de resposta e soluções a dar clientes de linhas financeiras”.

O gestor tem 37 anos e transferiu-se da seguradora para a Hispania em Madrid, vindo de base de Barcelona da Tokio Marine HCC, onde estava desde 2013 e nos últimos anos desempenhava o cargo de Financial Lines Senior Underwriter. Anteriormente, trabalhou seis anos no Banco Santander, assumindo várias responsabilidades em banca corporativa, tanto em Lisboa como em Barcelona. É licenciado em Administração e Gestão de Empresas pela Universidade Católica Portuguesa de Lisboa e conta com um Mestrado em Finanças pela Universidade de Barcelona.

“Estou muito entusiasmado por juntar-me à Hispania com o desafio de liderar a área de linhas financeiras em conjunto com uma equipa que desenvolveu soluções muito interessantes para mais de mil corretores de seguros em 30 regiões do mundo”, comenta Bernardo Alpalhão.

Por sua vez, José Luis Ocón, CEO do Grupo Concentra e Presidente da Hispania, está muito satisfeito com esta incorporação: “A experiência do Bernardo irá permitir-nos elevar o nível de resposta e soluções a dar aos nossos clientes de linhas financeiras e escalar na liderança desta importante linha de negócio nos nossos mercados”.

Corretora Melior é o braço da Hispania e Concetra em Portugal

A Hispania é a divisão de negócios do Grupo Concentra para o mercado wholesale: uma agência de subscrição e corretora de seguros e resseguros voltada para mediadores de seguros e resseguros em diversos países.

O novo Grupo Concentra, que inclui companhias na intermediação de seguros e resseguros em Espanha e Portugal – onde detém a coretora Melior-, anunciou no dia 6 de setembro a entrada da Blackfin Capital Partners no seu capital para impulsionar o seu crescimento, é composto por várias marcas que operam de forma independente em três linhas de negócio: retail, wholesale e extensão de garantias. No negócio wholesale, o grupo atua por intermédio da marca Hispania, divisão que funciona de forma autónoma.

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Lyman está “totalmente limpa” de forças russas. Tribunal valida anexação

  • ECO
  • 2 Outubro 2022

Zelensky anunciou este domingo que a importante cidade de Lyman, em Donetsk, está "totalmente limpa" de tropas russas, depois da retirada para evitar o cerco ucraniano.

Dois dias depois de a Rússia ter anexado quatro regiões ucranianas, Moscovo sofreu uma derrota na cidade de Lyman, em Donetsk. O Presidente ucraniano anunciou que a importante cidade se encontra “totalmente limpa” de tropas russas, que tiveram de recuar para evitar o cerco das forças ucranianas.

Acompanhe aqui todos os desenvolvimentos da guerra.

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Miguel Oliveira vence GP da Tailândia de MotoGP

  • Lusa
  • 2 Outubro 2022

Piloto português já tinha vencido no Grande Prémio da Indonésia esta temporada e volta a repetir o primeiro lugar na Tailândia.

O piloto português Miguel Oliveira (KTM) venceu este domingo o Grande Prémio da Tailândia de MotoGP, 17.ª de 20 provas da temporada, disputada com o piso molhado.

O piloto luso, que conquistou a quinta vitória em MotoGP, segunda do ano, concluiu as 25 voltas com 0,730 segundos de vantagem sobre o australiano Jack Miller (Ducati) e 1,968 sobre o italiano Francesco Bagnaia (Ducati), que foi terceiro.

O francês Fabio Quartararo (Yamaha), que foi apenas 17.º, mantém a liderança do campeonato, mas agora com apenas dois pontos de vantagem sobre Bagnaia.

Faltam três provas para o final da temporada: Austrália, Malásia, e Valência.

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Empresas esperam por “sinais de confiança” no OE2023, diz bastonária dos contabilistas

  • Lusa
  • 2 Outubro 2022

Paula Franco afirmou ter a “expectativa” de que no próximo Orçamento do Estado sejamos “surpreendidos com medidas que aumentem a confiança”, pois as empresas precisam.

A bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados, Paula Franco, defende uma descida da taxa do IRC e espera que o Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) traga estabilidade na política fiscal, mas também mudanças que deem esperança às empresas.

“Todos temos noção que há fatores que não conseguimos controlar” e que a conjuntura que vivemos é de “elevada incerteza”, pelo que, considera a bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC), “dentro do que são as expectativas”, deve apostar-se em metas e medidas em que as empresas consigam manter emprego, pagar e aumentar os salários.

Ouvida pela Lusa, Paula Franco afirmou ter “expectativa” de que no próximo Orçamento do Estado sejamos “surpreendidos com medidas que aumentem a confiança” porque, precisa, “as empresas esperam que existam sinais de confiança”.

Entre esses sinais de confiança a bastonária da OCC inclui o reforço da “diplomacia económica” que garanta às empresas acesso às matérias-primas de que necessitam para produzir, e que estas chegam a um preço razoável.

Sozinhas, as empresas têm mais dificuldade em negociar” diretamente com os países de origem dessas matérias-primas, salienta para precisar que sente da parte dos empresários preocupação com a subida dos custos da energia e dos juros, mas também com as disrupções das cadeias de abastecimento.

“As empresas estão a produzir menos porque não têm como produzir, faltam matérias-primas” e, num contexto de inflação elevada, a redução da oferta poderá fazer escalar ainda mais os preços, sendo, por isso, necessárias ajudas às empresas no acesso aos canais de abastecimento.

Considerando que o OE2023 deve apostar estabilidade fiscal, Paula Franco acredita, contudo, que algumas mudanças podem trazer “sinais de confiança” e de “esperança” às empresas.

Neste contexto aponta a descida da taxa o IRC (atualmente balizada nos 21%), observando que sempre que no passado esta taxa desceu nunca a receita diminuiu, ou seja, nunca houve lugar a perda de receita.

Uma descida na taxa do imposto que incide sobre o lucro as empresas, afirma, é “positiva”, quer a nível da competitividade internacional do país quer para as empresas, podendo ser complementada por medidas mais direcionadas como benefícios fiscais para quem reinvista lucros em vez de os distribuir pelos acionistas ou para captar ou manter mão de obra.

No seu programa e na proposta das Grandes Opções o Governo refere que no âmbito das negociações com os parceiros sociais para o acordo de rendimentos e competitividade “serão (…) propostos ajustamentos à estrutura do IRC que favoreçam as boas práticas salariais das empresas, em termos de valorização dos rendimentos e de redução das disparidades salariais”.

Questionada sobre o facto de a descida do IRC chegar a um reduzido número de empresas – os dados mais recentes disponibilizados pela Autoridade Tributária e Aduaneira indicam que apenas 39,6% das empresas que entregaram declaração sobre o exercício de 2020 tiveram imposto liquidado –, a bastonária da OCC refere que o que devia ser evidenciado é por que é que esse universo [das que dão lucros] é tão reduzido.

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Direita ultrapassa esquerda com desgaste do PS

  • ECO
  • 2 Outubro 2022

Desgaste do PS inverte cenário político com a direita a ultrapassar a esquerda pela primeira vez nos últimos dois anos, mostra sondagem.

Com o desgaste do PS, o conjunto de partidos da direita já contabiliza mais intenções de voto de que toda a esquerda, um cenário inédito nos últimos dois anos, segundo a sondagem da Aximage para o Diário de Notícias (acesso pago), Jornal de Notícias e TSF.

De acordo com a pesquisa, o PSD cresce para os 30,9%, enquanto é o recuo do PS de sete pontos face às legislativas (para 34,5%) que mais contribui para a ultrapassagem da direita em relação aos partidos de esquerda. Os dois partidos estão agora separados por menos de quatro pontos.

O Chega continua isolado no terceiro lugar (8,9%), seguido da Iniciativa Liberal (6,7%), enquanto o Bloco de Esquerda (3,8%) e CDU 3,2%) estão mais distantes. A sondagem mostra ainda PAN (3%), Livre (2,1%) e CDS (1,9%) nos últimos lugares.

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Travão nas rendas põe em risco renovação dos contratos

  • ECO
  • 2 Outubro 2022

Há proprietários que não estão a renovar contratos para “fugirem” ao teto de 2% de aumento das rendas em 2023.

Há senhorios a decidirem pela não renovação dos contratos de arrendamento que estão a chegar agora o fim para passarem ao lado do limite ao aumento automático das rendas no próximo ano e colocarem as casas no mercado sem limitações nos preços, avança o jornal Público (acesso pago).

Há cerca de um mês, o Governo decidiu limitar o aumento das rendas a um máximo 2% no início do próximo ano, quando a lei previa uma subida de mais de 5% por conta da escalada da inflação até agosto, sem contar com a componente de habitação. Os proprietários seriam compensados por via fiscal.

Ainda assim, a medida, que já foi aprovada pelo Parlamento, não convence os senhorios. Os representantes dos proprietários dizem que o travão nas rendas deverá levar a uma redução das casas no mercado de arrendamento, provocando uma nova subida das rendas.

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Lula vs. Bolsonaro. Quem vai conseguir reanimar a economia brasileira?

  • Joana Abrantes Gomes
  • 2 Outubro 2022

Economia melhora após recuo na pandemia. Inflação e desemprego descem, mas continuam altos, e a pobreza teima em ser um problema. É este o Brasil que Lula ou Bolsonaro vão herdar.

Mais de 156 milhões de brasileiros vão às urnas este domingo para escolher os membros do congresso nacional, dos governos distritais e estaduais, das assembleias legislativas distritais e federais, mas, sobretudo, reeleger Jair Bolsonaro como Presidente ou trazer de volta Lula da Silva ao Palácio do Planalto. A decisão é entre uma economia com alguns sinais de melhoria, mas que ainda mantém dezenas de milhões na pobreza, e um legado de prosperidade económica, embora manchado de escândalos de corrupção.

Depois de quase três décadas como deputado federal, Bolsonaro chegou ao poder no Brasil em 2018, na ressaca dos casos de corrupção que assolaram os mandatos “petistas” de Lula da Silva e de Dilma Rousseff. Com uma agenda económica liberal que prometia modernizar o país, o chefe de Estado teve o seu maior teste a partir da pandemia. Nesse período, desvalorizou a gravidade da Covid-19, apelidando-a de “resfriado”, e opôs-se às restrições recomendadas em todo o mundo, enquanto o país batia recordes de número de casos e mortes pelo coronavírus.

Foi precisamente em 2020, com o aparecimento da Covid-19, que a economia brasileira encolheu, interrompendo um ciclo de três anos consecutivos de baixo crescimento. A queda do Produto Interno Bruto (PIB) registada nesse primeiro ano de pandemia superou até os recuos de 3,5% e 3,3% em 2015 e 2016, respetivamente, durante o segundo mandato de Dilma Rousseff e o início do governo de Michel Temer. Ainda assim, o Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que a resposta de Bolsonaro à crise evitou uma desaceleração económica mais profunda, estabilizou os mercados financeiros e amorteceu a perda de rendimento dos mais pobres.

Mas a economia do Brasil não tardou a inverter a quebra registada em 2020 devido à crise provocada pela pandemia. De acordo com o último relatório do FMI, o PIB brasileiro recuperou para níveis de pré-pandemia e o ritmo económico mostrou-se favorável, apoiado pela expansão e o crescimento robusto do crédito ao setor privado, apesar de boa parte do crescimento resultar da comparação com o ano de 2020 e o avanço de 4,6% no ano passado ser inferior ao de países vizinhos como Colômbia (10,6%) e Argentina (10,3%).

As estimativas mais recentes da organização internacional, divulgadas em julho, apontam para um crescimento económico do país de 1,7% este ano, quase um ponto percentual acima da taxa de 0,8% calculada em abril, mas em 2023 prevê uma expansão de 1,1%, 0,3 pontos percentuais a menos do que o previsto quatro meses antes.

Esta semana, o banco central do Brasil subiu a previsão de crescimento para a economia pela segunda vez este ano, prevendo agora uma expansão de 2,7% em 2022, que compara com os 1,7% previstos em junho. Esta melhoria na previsão reflete o aumento da despesa dos consumidores, motivada pelos subsídios governamentais, mesmo com a taxa de juro de referência no nível mais alto dos últimos seis anos.

Inflação abranda, mas continua alta

O Brasil encerrou o ano de 2021 com uma inflação de 10,06%, a maior taxa acumulada desde 2015, quando o índice era de 10,67%. Atualmente, embora já tenha baixado dos dois dígitos, a inflação continua alta, com o acumulado dos primeiros oito meses de 2022 a atingir 4,39%.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve um abrandamento dos preços em agosto, pelo segundo mês consecutivo, o que se deveu, em parte, à descida dos preços dos combustíveis em 10,28%, na sequência da redução dos impostos federais aprovada pelo Governo de Jair Bolsonaro.

Não obstante, a subida dos preços dos alimentos, dos combustíveis e da energia, devido à guerra na Ucrânia, diminuíram o poder de compra das famílias de forma significativa, como assinalou a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) em junho. Isto ao mesmo tempo que o clima do país tem sido particularmente desfavorável, afetando a agricultura e a produção hidroelétrica, e a escassez e o aumento dos custos das matérias-primas afetaram a produção industrial.

As projeções do FMI apontam para uma inflação de 6,7% este ano, ficando acima das estimativas do banco central brasileiro, que prevê uma taxa acumulada de 5,8%. No entanto, para 2023, as previsões do banco central (4,6%) superam as da organização internacional (3,5%). Em todos os casos, ficam acima das metas de menos de 3% – o que deverá acontecer no próximo ano, quando os preços para os consumidores subirem 2,8%, segundo a previsão do banco central.

De notar que, face a este aumento dos preços nos últimos meses, o banco central do país tem aumentado gradualmente as taxas de juro de referência, que hoje se situam em 13,75% ao ano, o seu nível mais elevado desde 2016. O emissor já sinalizou que estas podem subir para 14% na sua próxima reunião caso persistam os fatores inflacionários.

Mercado de trabalho recupera lentamente

A taxa de desemprego no Brasil está a descer, registando no segundo semestre deste ano os valores mais baixos desde 2015. De acordo com o IBGE, o desemprego caiu pelo sexto mês consecutivo em agosto, para 8,9% da população, o que consolida a tendência de recuperação que se tem registado ao longo de 2022. Mesmo assim, em números absolutos, ainda há cerca de 9,7 milhões de desempregados.

As previsões do FMI, contudo, apontam para uma taxa de desemprego este ano de 13,7%, bem acima da média global calculada nos 7,7%, ainda que a tendência seja de redução. O desemprego no Brasil supera os dois dígitos desde 2016.

Por outro lado, embora seja um dos países do mundo com maior nível de desigualdade no rendimento – o índice de Gini está nos 56,7 pontos em 100 -, os dados do IBGE apontam para uma subida do salário médio de 3,1% face ao trimestre anterior, chegando aos 2.713 reais (cerca de 511,84 euros à taxa de câmbio atual). Este crescimento está associado, principalmente, ao recuo da inflação.

Pandemia acentuou número de pobres

A pobreza no Brasil estava a cair até surgir uma “pedra no sapato” – a Covid-19. O país não tem uma linha oficial de pobreza, mas, segundo o Banco Mundial, no início da pandemia, cerca de três em cada dez brasileiros eram pobres e cerca de 8% viviam na situação de extrema pobreza. Ao mesmo tempo, um estudo do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas concluiu que o pico de pobreza ocorreu no primeiro mês pandémico, em março de 2020.

O Banco Mundial sublinha que a pandemia poderia ter aumentado significativamente a pobreza no país, se não fosse o pacote fiscal e a transferência direta de rendimento para 68 milhões de pessoas. Apesar desse auxílio de emergência, quase 51 milhões de pessoas viviam abaixo da linha de pobreza em 2020.

“Os programas de transferência de renda foram capazes de proteger grande parte da população dos impactos imediatos da pandemia, mas ainda precisamos de entender melhor as implicações de longo prazo dessa crise no bem-estar”, disse a diretora do Banco Mundial no Brasil.

Dados do IBGE

Mais recentemente, um estudo realizado pelo Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social mostrou que quase 11 milhões de brasileiros caíram na pobreza em 2021, ano em que o total de pessoas pobres no Brasil terá sido de 47,3 milhões, sendo que 20 milhões destes estavam em situação de extrema pobreza.

Para este ano, o Instituto de Pesquisa Económica Aplicada (IPEA) adianta que o país deve reduzir os índices de extrema pobreza. As projeções deste instituto são de uma queda de 4,1% ainda em 2022.

Lula dá prioridade à redução das desigualdades, Bolsonaro mantém aposta nas privatizações

O próximo inquilino do Palácio do Planalto vai herdar uma economia com inflação elevada e um crescimento quase estagnado em 2023. Entre as propostas dos dois principais candidatos, há bastantes diferenças: Lula da Silva (Partido dos Trabalhadores) considera o combate à inflação e à fome e a redução das desigualdades como prioridades, enquanto Jair Bolsonaro (que desta vez concorre pelo Partido Liberal) defende uma agenda de incentivo ao empreendedorismo, desburocratização, privatizações de empresas estatais e simplificação do sistema de impostos.

Lula pretende revogar o teto de gastos e alguns marcos da atual legislação do trabalho, bem como rever o atual regime fiscal brasileiro, através da simplificação de impostos e de um modelo progressivo. O antigo chefe de Estado tem um “vigoroso programa de investimentos públicos”, que visa estimular a reindustrialização e setores considerados estratégicos para o país e recuperar a capacidade de investimento dos bancos públicos.

Ainda assim, o foco das propostas “petistas” são a valorização do salário mínimo e o combate à fome e à pobreza, renovando e ampliando o “Bolsa Família”, de modo a “garantir uma renda compatível com as atuais necessidades da população”, e levando a cabo uma reforma agrária e alimentar.

Já Bolsonaro propõe-se a manter o “Auxílio Brasil” em 600 reais por mês e a modernizar o sistema nacional de emprego, criando ao mesmo tempo mais seis milhões de postos de trabalho. A redução da carga tributária e a correção da tabela do imposto sobre o rendimento (IRS), isentando trabalhadores que recebam até cinco salários mínimos, são outras medidas em cima da mesa.

O atual Presidente chegou a dizer que só Deus o poderia afastar do poder, mas as sondagens sugerem que Bolsonaro pode precisar de um milagre para a reeleição. Lula tem liderado as sondagens com cerca de 10 a 15 pontos percentuais de diferença, podendo levar o candidato trabalhista a vencer as eleições já este domingo, evitando uma segunda volta entre os dois mais votados em 30 de outubro.

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Montenegro acusa Governo de “crime político e financeiro” na TAP

  • Lusa
  • 1 Outubro 2022

Líder do PSD considera que o anúncio de privatização da TAP nos próximos 12 meses "não pode passar incólume". "Mas esta gente anda a brincar à governação?", questiona.

O que foi feito na TAP “foi um crime político e financeiro”, afirmou o presidente do PSD, Luís Montenegro, considerando que a vontade do Governo de privatizar a companhia não pode passar incólume. “Aquilo que foi feito na TAP foi um crime político. Foi um crime político e financeiro, que tem custos”, disse Montenegro, que discursava no final da Convenção Autárquica Distrital do PSD de Coimbra, que decorreu hoje em Montemor-o-Velho.

Para o líder social-democrata, os cidadãos devem olhar para este caso “e tirar ilações na perspetiva da gestão de recursos públicos” e das consequências das decisões “que os governantes tomam”. Segundo Luís Montenegro, o processo de renacionalização iniciado pelo primeiro Governo de António Costa deveria estar assente em “decisões estratégicas”. “Diziam-nos que a TAP era estratégica, que a TAP tinha de estar nas mãos do Estado, porque não podíamos deixar de ter uma companhia de bandeira”.

O anúncio do primeiro-ministro de que a privatização da TAP vai avançar nos próximos 12 meses “não pode passar incólume”, vincou. Luís Montenegro recordou que, em 2016, o Governo “herdou uma TAP com a maioria do capital nas mãos de privados” e em processo de privatização, tendo optado depois por seguir pela via da renacionalização.

Esta decisão não foi imposta por ninguém. Não houve Comissão Europeia que a impusesse. Foi uma escolha em que estas pessoas entendiam que o interesse público iria ser melhor acautelado e servido. Não faço juízo da intenção, mas faço o escrutínio das escolhas”, frisou, asseverando que o Governo optou por renacionalizar a TAP “por vontade própria, por opção estratégica”.

Depois de terem injetado tanto capital [3,2 mil milhões de euros], afinal já acham que a saída é reprivatizar a TAP? Mas esta gente anda a brincar à governação? Anda a brincar com o nosso dinheiro? Estes três mil milhões serviam, por exemplo, para que não houvesse cortes de pensões durante, pelo menos três anos”, criticou.

Durante a sua intervenção de mais de meia hora, Luís Montenegro criticou ainda o processo de descentralização, o bloqueio à audição de ministros no Parlamento por parte da bancada socialista, ou o adiamento “de decisões estruturantes”.

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