Medina “perdeu autoridade política” e é “um peso morto no governo”, diz Montenegro

Na primeira reação ao caso da TAP, o líder do PSD fez mira ao ministro das Finanças. Fernando Medina "perdeu autoridade política" e é um peso morto no Governo", atirou Luís Montenegro.

“António Costa já perdeu o ministro das Finanças. O ministro das Finanças perdeu a sua autoridade política e sem autoridade política é um peso morto no governo”, atirou o líder do PSD, na primeira reação ao caso da TAP que já levou à demissão de um ministro, Pedro Nuno Santos. Luís Montenegro aumenta a pressão sobre Fernando Medina.

Para Luís Montenegro, que se antecipou à declaração do primeiro-ministro sobre as mudanças no Executivo, Medina está numa situação “intolerável”: se não conhecia o percurso de Alexandra Reis, que foi por si nomeada para secretária de Estado do Tesouro depois da indemnização de 500 mil euros na TAP, “significa displicência e negligência grosseira”; “se sabia e está a ocultar a verdade, significa falta de aptidão para ser membro do governo”.

“Se eu fosse primeiro-ministro, um ministro das Finanças que tivesse este comportamento sairia do Governo”, atirou, considerando que a queda da administração da TAP – “que é cada mais evidente que não tem condições para continuar” – não pode servir de escapatória para manter Medina. “Resolve apenas uma parte do problema mas não resolve a parte essencial que é a perda de autoridade política do Governo”.

Em relação a António Costa, o líder social-democrata diz que “desapareceu” no momento de “maior crise no governo” e que as alterações no governo anunciadas esta segunda-feira com as nomeações de João Galamba para ministro das Infraestruturas e de Marina Gonçalves para ministra da Habitação é “ir ao banco de reservas” e “buscar aparelho ao aparelho”.

Luís Montenegro disse que o PSD vai “respeitar a vontade dos portugueses” que há um ano deram uma maioria absoluta a António Costa. Mas também sublinhou que os sociais-democratas “não vão ter um segundo de descanso na ação de fiscalização e escrutínio” do Governo que “ou muda de vida ou os portugueses exigirão mudá-lo”.

“Não é um tempo para abrir uma crise política em cima de uma crise social que atinge tão fortemente as famílias e empresas. (…) Seremos oposição hoje e alternativa de governo amanhã”, afirmou ainda o líder do PSD, garantindo que se chegar a hora de formar Governo está preparado: “Não faltaremos a Portugal. O PSD é um porto de abrigo”.

Montenegro adiantou que o partido decidirá como votar na moção de censura do Governo que será apresentada pela Iniciativa Liberal depois da reunião da comissão política marcada para esta terça-feira.

(Notícia atualizada às 18h44)

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