Ministério Público brasileiro pede bloqueio dos bens de Jair Bolsonaro

  • Lusa
  • 10 Janeiro 2023

O procurador-geral adjunto do Ministério Público pediu também que a sanção fosse estendida ao governador suspenso de Brasília, Ibaneis Rocha.

O Ministério Público pediu ao Tribunal de Contas do Brasil o bloqueio de bens do ex-presidente Jair Bolsonaro na sequência do ataque aos três poderes por parte dos seus apoiantes mais radicais. O procurador-geral adjunto do Ministério Público perante o Tribunal de Contas, Lucas Rocha, pediu também que a sanção fosse estendida ao governador suspenso de Brasília, Ibaneis Rocha, e ao seu antigo secretário de segurança, Anderson Torres, um leal aliado e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro.

Lucas Rocha justificou a sua exigência “devido ao processo de prestação de contas e ao vandalismo ocorrido” na capital brasileira a 08 de janeiro, “que causou inúmeros danos à tesouraria federal”. No domingo, milhares de manifestantes radicais invadiram e causaram graves danos às sedes do parlamento, da presidência e do Supremo Tribunal durante quatro horas, até serem dispersos pelas forças de segurança.

Cerca de 1.500 pessoas foram detidas entre domingo e segunda-feira, embora esta terça a Polícia Federal tenha comunicado que libertou “idosos doentes crónicos” e “adultos responsáveis por menores”, sem especificar o número exato.

A acrescentar, logo no domingo, o Supremo Tribunal retirou o governador de Brasília, Ibaneis Rocha, do seu cargo durante 90 dias pela sua alegada “omissão” em neutralizar os ataques dos radicais que geraram o caos no coração da democracia brasileira.

Juiz decreta detenção de ex-secretário de Segurança do Distrito Federal do Brasil

O juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decretou esta terça-feira a detenção do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça, Anderson Torres.

De acordo com o portal brasileiro G1, a Polícia Federal cumpriu o mandado durante a tarde de hoje na casa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do Governo de Jair Bolsonaro e que, até domingo, era o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, quando manifestantes radicais invadiram as sedes dos três poderes do Brasil.

Anderson Torres tinha sido exonerado, no domingo, pelo governador do Distrito Federal, que horas depois também seria suspenso do cargo por 90 dias numa decisão tomada pelo mesmo juiz. Esta terça, Alexandre de Moraes determinou a detenção do ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) coronel Fábio Augusto Vieira, exonerado na segunda-feira na sequência à invasão de radicais às sedes dos três poderes do Brasil.

A decisão foi tomada pelo juiz Alexandre de Moraes que, horas antes desta decisão disse que “as instituições vão punir todos os responsáveis. Os que praticaram os atos, os que os financiaram, os que os incentivaram, por ação ou omissão”.

Fábio Augusto Vieira era o responsável da operação da Polícia Militar durante os ataques feito por milhares de extremistas no domingo, em Brasília. Este coronel foi exonerado no dia seguinte.

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