Catarina Martins diz que casos sobre governantes devem ser investigados “doa a quem doer””

  • Lusa
  • 20 Janeiro 2023

“É óbvio que esta sucessão de casos é grave. É grave no Governo, cria uma situação muito complicada e em Portugal ninguém está acima da lei", disse a coordenadora do Bloco.

A coordenadora do BE, Catarina Martins, considerou esta sexta-feira que a sucessão de casos no Governo “é grave” e defendeu, sobre a situação de Fernando Medina mas também das restantes, que a justiça “deve investigar tudo, doa a quem doer”.

Catarina Martins participou, em Lisboa, numa concentração de trabalhadores em solidariedade com um vigilante suspenso após ter denunciado ser vítima de assédio moral, tendo sido questionada pelos jornalistas sobre o recente caso que envolve o ministro das Finanças, Fernando Medina. “É óbvio que esta sucessão de casos é grave. É grave no Governo, cria uma situação muito complicada e em Portugal ninguém está acima da lei e a investigação deve ser clara”, começou por responder.

Sobre o escrutínio político, para a líder do BE, “o PS não pode fugir e não deve esconder-se na sua maioria absoluta, deve responder às perguntas todas”. “Dito isto, eu direi sobre Fernando Medina o que digo sobre qualquer um dos outros casos: investigue-se. Investigue-se tudo e que todas as respostas sejam dadas”, apelou, antecipando que seguramente nos próximos dias haverá mais respostas sobre o processo.

Já questionada sobre o caso de João Gomes Cravinho, então com ministro da Defesa, Catarina Martins ressalvou apenas que “há muitos casos e há casos de natureza diferente, com gravidade diferente”, havendo sobretudo “uma falta de conhecimento do que se passa”.

“O que digo e repito é: a sucessão de casos não ajuda o Governo, o facto de uma maioria absoluta chumbar por exemplo a audição a ministros quando era tão importante para haver escrutínio político, também não ajuda à credibilidade do Governo. Em relação à justiça, deve investigar tudo, doa a quem doer”, sintetizou.

Fernando Medina pediu à Procuradoria-Geral da República para ser ouvido no âmbito do processo que motivou na terça-feira a realização de buscas na Câmara de Lisboa e que se prende com a celebração de contratos no período em que presidiu à autarquia.

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