Travar bipartidarismo, distribuição e crescimento. Candidatos da IL apresentam propostas
O candidato à liderança da IL, Rui Rocha, traça como objetivo "romper o bipartidarismo". José Cardoso diz que candidatos não têm propostas novas. Carla Castro admite que partido tem de "dar um salto".
Os candidatos da Iniciativa Liberal apresentam as suas ideias e moções no Congresso do partido esta tarde, antes do voto no domingo que vai decidir que é o sucessor de João Cotrim Figueiredo na presidência do partido.
O candidato à liderança da IL, Rui Rocha, disse hoje que não quer “fazer cócegas ao sistema”, mas sim “mudar Portugal”, traçando como objetivo “romper o bipartidarismo”, assegurando que o partido sairá unido da convenção independentemente do resultado.
No período de apresentação da moção de estratégia global que a sua lista, a L, apresenta à VII Convenção da IL, Rui Rocha defendeu que para acabar com o bipartidarismo instalado em Portugal é preciso “ser ambicioso” e para isso “não basta ser a terceira força política”, precisando de um resultado eleitoral expressivo.
“Eu não quero fazer cócegas ao sistema, eu quero mudar Portugal. Nós vamos mudar Portugal”, comprometeu-se. O candidato assegurou que os liberais vão “sair unidos desta extraordinária convenção, seja qual for o resultado”.
José Cardoso diz que outros candidatos são “mais do mesmo arroz”
O candidato à liderança da IL José Cardoso defendeu hoje que os adversários Rui Rocha e Carla Castro representam mais do “mesmo arroz” dos partidos tradicionais, e disse ser o único com um projeto político novo.
Na apresentação da sua moção de estratégia global perante a VII Convenção, o conselheiro nacional José Cardoso defendeu que a IL tem de fazer “a transição” de uma liderança “que seca tudo à sua volta” para outra que distribua “para ser ainda maior”.
“Quando em 48 horas perdemos um presidente e ganhámos dois candidatos, criou-se a ideia de que tínhamos de votar num mal menor”, afirmou, referindo-se ao anúncio surpresa de João Cotrim Figueiredo em novembro de que não se recandidataria às eleições antecipadas a meio do seu mandato.
José Cardoso desvalorizou o trabalho feito pelos seus adversários à liderança nos últimos anos no Conselho Nacional, com “duas ou três” intervenções e “zero propostas”. “Não me peçam para votar em políticos assim que eu nunca o farei, tudo isto em faz lembrar o tal arroz, o que me venderam os outros e que me querem vender agora e eu não o quero”, disse, na apresentação da sua moção “Um partido e um país sem medo da liberdade dos outros”.
Carla Castro defende “nova estratégia de crescimento”
Carla Castro, atualmente deputada do partido, apela à necessidade de ter um “país liberal, com iniciativa”. A candidata admite que o partido precisa de “dar um salto e de amadurecer”, defendendo para isso uma “nova estratégia de crescimento”.
“Entrámos na política portuguesa com propósito”, reitera, salientando que os liberais têm “o direito de ter orgulho do sucesso”. Perante o novo capítulo que se vai iniciar com um novo líder, diz que “hoje e o primeiro dia do resto das nossas vidas liberais”.
Apesar do sucesso alcançado, admite que o partido precisa “de dar um salto, de amadurecer”. “Precisamos de uma nova estratégia de crescimento”, reitera, bem como “de descentralizar, dar poder de tomada de posição”.
(Notícia atualizada às 18h)
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